MEDELIM, 14 de set de 2009 às 19:13
A politóloga da Universidade Pontifícia Bolivariana (UPB), Beatriz Campillo, assinalou que a anunciada "Clínica da Mulher" que a Prefeitura de Medellín pretende construir não só será um centro de abortos, mas uma entidade desde a qual se pretende desnaturalizar a sexualidade a partir da ideologia de gênero.
Em declarações à ACI Prensa, esta líder pró-vida que faz parte da rede de ativistas que defendem a dignidade dos homens e mulheres colombianos, nascidos e por nascer, assinala que "nos opomos à Clínica da Mulher por seu enfoque de ideologia de Gênero: ideologia que pretende entre outras coisas separar à mulher da maternidade, especialmente da prática do aborto e da promoção dos anticoncepcionais, sem informar os danos que se geram físicos e psicológicos".
Este centro, explica, "não é uma clínica que ajuda a Mulher em um sentido integral como o querem fazer acreditar".
Para Campillo, esta clínica apoiada pelas feministas, "quer mostrar-se como um exemplo a seguir na América Latina, o que sem dúvida procura dar cumprimento a políticas internacionais de controle de natalidade que atacam os nossos povos, em uma eugenia que se faz cada vez mais forte, e que pretende legitimar-se sob o rótulo de direitos humanos; especialmente de 'direitos sexuais e reprodutivos'".
Seguidamente, recorda que o dinheiro que quer investir nesta construção, 17 bilhões e 100 milhões de pesos (uns oito milhões de dólares) poderiam investir-se em atender a "nossos doentes crônicos e terminais" que "não recebem a suficiente atenção médica, psicológica, nem social, e, entretanto parece que isto não importa. Apesar disto, frente ao tema dos 'direitos sexuais e reprodutivos' há um afã por cobri-los".
Para Beatriz Campillo, a chamada Clínica da Mulher "parece mais um centro para a promoção do feminismo de gênero, um feminismo que não representa as mulheres, mas sim além de fazer danos, insiste em pôr em uma condição de vítima permanentes" que ademais "representa os interesses de grupos minoritários".
Como alternativa, a líder propõe ao Prefeito de Medellín, Alonso Salazar, a construção de um lugar onde a "atenção se realize de uma maneira realmente integral, desde seus primeiros estágios até sua morte natural, a favor da vida e a família. Onde se tenham espaços para o cuidado da mulher grávida (incluindo serviço de partos, cesáreas e demais cuidados), e também dêem outras opções à quem em um primeiro momento consideram abortar".
"Um lugar –assinala à ACI Prensa– onde se informem os perigos e riscos da anticoncepção, o aborto e as enfermidades de transmissão sexual e o respeito por seu corpo, onde qualquer mulher possa ir e seja bem atendida, sem importar que serviço requeira (desde que o nível de complexidade o permita), incluindo as urgências".
A líder pré-vida denúncia ademais dois casos concretos que demonstram uma má gerência dos recursos públicos, que necessitam com urgência ser atendidos: a melhora do serviço da Empresa Social do Estado Metrosalud, criticada duramente pela Controladoria de Medellín pelo elevado número de pacientes falecidos que não receberam a atenção adequada (27 mensalmente), e o fechamento do Centro de Saúde de um dos bairros desta cidade, onde se atendiam umas cinco mil pessoas.