MEDELIM, 21 de set de 2009 às 17:05
Os grupos pró-vida do Medellín anunciaram e convocaram a todos os cidadãos a um plantão de protesto contra a chamada "Clínica da Mulher", um projeto que busca promover a ideologia de gênero e o aborto, para esta sexta-feira 25 de setembro às 12:00 (meio-dia) no Parque das Luzes desta cidade.
No plantão convocado para esta sexta-feira 25 de setembro, pró-vidas levarão camisetas brancas e cartazes vermelhos com a palavra "Objeção" em sinal de sua oposição à Clínica da Mulher. No ato compilarão assinaturas para que mais cidadãos expressem seu rechaço este projeto de ideologia de gênero e aborto.
A convocatória, realizada pela Rede Antioquia Pró-vida, ocorre depois da crise gerada na prefeitura de Medelín pela polêmica Clínica da Mulher que concluiu com a aceitação da renúncia da Secretária da Mulher e defensora do aborto, Rocio Pineda; e a da Secretária de Saúde, Luz María Agudelo.
Em um direto comunicado da prefeitura de Medelín se destaca que "o prefeito Salazar anunciou que nos próximos dias dará a conhecer os nomes dos futuros titulares dos três despachos vacantes".
Ideologia de gênero
De outro lado, a líder pró-vida Beatriz Campillo afirmou que a Clínica da Mulher, defendida por grupos feministas e abortistas, geraria dois graves prejuízos:
"O primeiro deles é a promoção da ideologia de gênero. Queremos que se atenda à mulher de uma maneira integral, mas sob essa ideologia tal trato resulta impossível pois a ênfase está na anti-concepção, esterilização e aborto. Recordemos que se disse que não se praticarão partos, nem cesáreas e que (a mulher) quem queira continuar com sua gravidez deverá ir aos serviços comuns, parece que ao ser mãe ela perde sua condição de mulher".
O segundo, acrescenta, é "de caráter econômico. Não nos parece conveniente nem necessário, gastar 17.100 milhões de pesos, quando a controladoria em seus informes diz que estão morrendo 27 pessoas cada mês por falta de atenção médica oportuna".
Para Campillo, esta ideologia de gênero, "de corte marxista", apresenta que "a mulher sempre esteve submetida especialmente por seu papel de mãe, e propõem como solução apagar qualquer diferença natural entre homens e mulheres, pois segundo eles (os que a promovem), tudo é uma construção cultural".
Postura do prefeito
Campillo criticou além disso a duvidosa posição do prefeito sobre o tema do aborto na Clínica da Mulher, pois primeiro assegurou "diante das câmaras que não se praticariam abortos 'legais, nem ilegais', ao outro dia saiu diante dos meios dizendo que não lhe podia mentir à cidadania porque por 'lei' não podia negar a prestação do 'serviço' da IVE (aborto) a quem o peça, e agora volta a mudar a sua versão uma vez mais".
Do mesmo modo, alertou ante o fato que "o tema do aborto, está inclusive sendo apresentado como legal ou ilegal, quando se deveria falar de abortos puníveis e não puníveis, sendo estes últimos os despenalizados pela Corte Constitucional, via sentença e não lei como afirma o prefeito, pois a lei só é elaborada pelo Congresso da República e na Colômbia não existe lei do aborto".