PIURA, 21 de dez de 2009 às 10:35
Em sua mensagem por Natal, o Arcebispo da Piura e Tumbes (norte do Peru), Dom José Antonio Eguren, exorta os fiéis a viverem autenticamente esta festa abrindo o coração ao Menino Jesus que nasce, defendendo a família fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher, trabalhando intensamente por uma cultura que defenda a vida desde a concepção até a morte natural, e promovendo na sociedade a verdadeira paz.
O Prelado explica que o Natal é "a alegre noticia de que Deus se encarnou e que o homem já não está sozinho. Natal é a boa nova que Deus nos ama e que nos busca sem desmaio para nos salvar. Natal é o mistério da Encarnação que reconcilia o humano e o divino, sanando as rupturas fruto do pecado".
Depois de alentar os presbíteros, neste Ano Sacerdotal, a viverem intensamente seu ministério amando a Igreja, Dom Eguren alenta a que "à luz das imagens da Sagrada Família de Nazaré, que representam o Nascimento de nosso Reconciliador, cada família descubra e se veja como uma instituição querida por Deus dentro de seu intuito divino de amor, chamada a ser uma íntima comunhão de vida e de amor conjugal, fundada sobre o matrimônio entre um homem e uma mulher, que tem como dom mais precioso os filhos e como missão sua educação humana e cristã", prossegue.
Cultura de vida
O Arcebispo de Piura destaca logo que "o Natal é ocasião propícia para promover uma autêntica ‘cultura da vida’ em nossa sociedade contemporânea. Nos atuais momentos em que se abriu a possibilidade da despenalização e legalização do aborto em nosso País, o não da Igreja a este crime abominável é um sim à vida, que pode alcançar a todo ser humano no santuário de sua consciência".
"A defesa da vida –assegura o Prelado– desde a concepção até seu fim natural com a morte, não admite de nossa parte silêncios, desculpas, nem exceções. Todos devemos proclamar que Deus é o único Senhor da Vida, que o homem não é nem pode ser amo ou árbitro da vida humana".
"Se nos comover até as vísceras ver uma grande quantidade de homens e de mulheres, de crianças, jovens e anciãos que se vêem atropelados diariamente em sua dignidade humana e em seus direitos, nos comovamos também com os concebidos não nascidos, os mais pobres e indefesos de todos, que se vêem ameaçados em seu direito fundamental à vida. Portanto estejamos alertas e vigilantes para condenar e rechaçar qualquer intento por aprovar o aborto em nossa Pátria".
Na parte final de sua mensagem o Arcebispo assinala que "o cristianismo compreende e reconhece a nobre e justa luta pela justiça em todos os níveis, mas proíbe procurar soluções por caminhos de ódio e de morte. Peçamos hoje ao Menino Jesus, que é o Príncipe da Paz, para que no Peru se desterre toda forma de violência".
Finalmente Dom Eguren pede que se olhe para a Santa Maria, "a Virgem Mãe de Deus. Que Ela nos ajude a aprofundar no mistério do Natal. Que Ela nos ajude a fixar nosso olhar de fé e de amor em seu Divino Filho que repousa em seu regaço".
"Que Ela, a Mulher forte da fé, ajude-nos a confessar a Cristo como o Filho único do Pai, feito homem em seu seio virginal e imaculado, por obra do Espírito Santo, quem veio ao mundo para nos liberar de toda escravidão de pecado e para nos reconciliar com Deus, conosco mesmos, com os homens e com a criação", conclui.