Em reunião do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, realizada hoje, 12 de Janeiro, no Santuário de Fátima, os bispos portugueses inseriram na agenda de trabalhos a reflexão sobre a recente aprovação pelo Parlamento de uma lei, impulsionada pelo Governo, que legaliza o casamento homossexual em Portugal reiterando que a Igreja está radicalmente contra a possibilidade de adoção de crianças por casais homossexuais, informou a Sala de Imprensa do Santuário Mariano português. 
 
Na nota enviada à nossa redação informa-se que após o encontro de trabalho, os bispos portugueses reafirmaram, em conferência de imprensa, que uma “questão tão profunda e delicada como é o casamento” merecia “mais ponderação, reflexão, tempo para ver quais as conseqüências” e não uma “precipitação”, que poderá “beliscar a qualidade da democracia”, uma vez que “pôs de lado o pedido de cerca de uma centena de milhar de cidadãos” que solicitava um referendo sobre esta questão.
 
“Mas se não se considera a possibilidade de um referendo numa questão tão profunda e delicada como é a estrutura familiar baseada no casamento entre um homem e uma mulher, pergunta-se se haverá alguma vez razão para promover um referendo", declarou o porta-voz da CEP, o Pe. Manuel Morujão.
 
Interrogado pelos jornalistas, o Padre Morujão reiterou que “a Igreja está radicalmente contra a possibilidade de adoção de crianças por casais homossexuais”.
"Todas as pessoas merecem ser tratadas com todo o respeito, mas também a família e o casamento devem ser tratados com todo o respeito e esse respeito significa que para casos diferentes deve haver soluções diferentes", afirmou o sacerdote.

Agradecendo às famílias portuguesas e a tantos casais que dão um “ótimo exemplo” na educação dos filhos, os bispos dizem que preferiam assistir a "medidas de proteção à família, para que os casais possam ter os filhos que desejam ter, para que a saúde, a educação, o emprego sejam protegidos e não [seja] debilitada a estrutura da família".

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