Outro bispo brasileiro levanta a voz contra a tentativa do governo brasileiro de legalizar o aborto e as uniões homossexuais, entre outras agressões aos direitos humanos através do mal chamado Plano Nacional de Direitos Humanos. O Arcebispo de Uberaba (SP), Dom Aloísio Roque Oppermann,scj escreveu recentemente um artigo com o título de “Gentios no Planalto”, no qual o prelado critica a posição do governo Lula que, arbitraria e sorrateiramente, está tentando transformar o PNDH em lei, causando confusão no país.

“Seria sumamente estranho encontrar o amador ocupando o lugar do profissional. Causaria espécie ver o enfermeiro realizar operações, deixando o médico de lado, medindo a pressão do paciente”, critica Dom Aloísio denunciando em seguida: “Pois é essa a impressão que me dá a redação do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH). A ousadia dos idealizadores é de quem está seguro da vitória para transformar o Decreto em Lei”.

Dom Oppermann admite que “embora haja anêmicos protestos dos atingidos pelos equívocos... Fizeram uso do chefe, que está surfando triunfal, em cima da popularidade, e gozando de uma sorte inaudita, quase mágica”. E mais adiante afirma o também membro do Conselho Permanente da CNBB que “por intuição ele sabe de que trata essa polêmica. Manipulam suas forças para fazer cair, inermes, as atabalhoadas resistências. Recuos – se houver – só na aparência. No grupo se encontram vários próceres inconvenientes, que a Revolução, com aplausos gerais, tirou de cena. Agora são os teóricos da nação”.

 Mais adiante, chamando atenção para o contexto em que foi proposto o decreto com o PNDH o Arcebispo do interior paulista asseverou em uma extensa crítica que “certamente não foi acaso o fato de o decreto ter sido assinado em vésperas de Natal, quando todos estão pensando em festas, presentes, alegria das crianças, em férias”. “Também não foi estupidez das raposas políticas começar tudo por um Decreto, em vez de chamar à discussão o Congresso Nacional. Ficou evidente que essa nação, nele descrita, não quer ficar atrás da Venezuela, de Cuba, da Espanha, em “modernização” de suas estruturas. A confusão foi perfeita ao apresentar como “direitos humanos” (a favor dos quais todos somos), ideias aceitáveis, misturadas com outras muito estranhas”, criticou.

Dom Aloísio também denuncia que “a apresentação eleitoral, com imenso poder de marketing, de que a forma de governar do grupo seria mansa e tradicional, até conservadora, manifesta-se ilusória”.
“Aqui se visa repetir os erros de um socialismo fracassado, serôdio e requentado, o pior que já vimos no planeta”, alertou D. Aloísio.

“Minha experiência de vida cidadã e minhas convicções cristãs exigem que eu seja sincero e aponte o enorme terremoto destruidor que está se aproximando. “Que haja paz em teus muros, ó Jerusalém””, conclui o prelado brasileiro citando as palavras do Salmo 122.

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