OTTAWA, 4 de fev de 2010 às 02:15
A Federação Canadense pela Saúde Sexual (CFSH por suas siglas em inglês), "segundo as estatísticas, a principal organização de referência na hora de procurar uma clínica de abortos no Canadá", experimentou desde 2007 um paulatino recorte dos recursos federais, logo que em 2005 e 2006 o Governo cobrira perto da metade de seu orçamento.
"Custou tempo e esforço, mas já se começam a ver brotos verdes na defesa da vida", expressou o perito espanhol David Del Fresno, quem informou que "uma investigação feita pelo jornal canadense Interim, concluiu que durante os últimos cinco anos", a CFSH experimentou "um recorte progressivo das subvenções governamentais até alcançar o 99%".
Del Fresno explicou que até 2006 a CFSH ostentava o nome de Federação de Planejamento Familiar do Canadá (PPFC), pertencente à Federação Internacional de Planejamento Familiar (IPPF); e segundo seu portal Web, "promove a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos no Canadá e no exterior", e admite ser uma "organização pro-choice", ou seja, promotora do aborto.
Do mesmo modo, goza do status de organização caritativa outorgado pela Agência Tributária do Canadá, e embora "a CFSH não dê informação a respeito de seus gastos nesse conceito, a antiga Federação de Planejamento Familiar do Canadá admitiu ter gasto em atividades de ‘lobby’ uma média de 10% de seu orçamento anual, o qual está permitido pela normativa tributária canadense no que se refere ao tratamento fiscal das organizações caritativas".
Redução de recursos
Em seu artigo, Del Fresno cita ao presidente nacional da Coalizão Pró-vida, Jim Hughes, quem advertiu que "em tempos de crise como os atuais", o governo pode e deve economizar dinheiro reduzindo as contribuições "a grupos de interesses que não representam os cidadãos".
Assim, em 2005 a Federação recebeu perto de um milhão e 143 mil dólares em subvenções federais, que equivaleu ao 48 por cento de seu orçamento. No ano seguinte, quando muda de nome e se converte na CFSH, recebeu do Governo um milhão 285 mil dólares, equivalentes ao 56 por cento de seu orçamento.
Entretanto, a princípios de 2007, as subvenções federais começaram a experimentar recortes. Esse ano a CFSH recebeu 743 mil dólares e gastou um milhão e 655 mil.
Em 2008 a organização abortista obteve apenas 482 mil dólares para um orçamento de um milhão e 467 mil. "Isto é, gastaram ao redor de 50% menos que tão somente três anos antes", indicou Del Fresno.
"Em 2009, o total de subvenções recebidas com cargo ao orçamento federal chegou a ser de tão só 9.381 dólares, e os gastos totais dessa federação pró-aborto se reduziram até os 815.153 dólares; isto é, as subvenções federais contabilizaram tão somente o 1,1% do orçamento Federal", acrescentou.
Nesse sentido, tendo em conta a crise demográfica que atravessa o Canadá, Hughes explicou que "carece de sentido financiar e promover a contracepção e o aborto". "Ottawa deve ir mais adiante, e cortar todo financiamento inclusive as organizações federadas na CFSH", indicou.
Entretanto, Del Fresno advertiu que embora a CFSH não recebe em nível corporativo nenhuma subvenção provincial nem municipal, "seus membros sim. E é mais: Alguns deles, como os que trabalham em Kitchener (Ontário) e Calgary, também recebem recursos federais".