MADRI, 13 de jan de 2005 às 14:42
O Bispo de Mondoñedo-Ferrol, Dom. José Gea Escolano, esclareceu que não se pode classificar como ato amoroso a decisão dos pais que obrigam a sua filha a submeter-se a um aborto por mais problemas que esta tenha.
Referindo-se ao recente caso da jovem grávida de Avilés que sofre problemas mentais, o Prelado indicou que o ato de sua mãe, Ramona Maneiro, “não é amor”.
“Não é amor o que prima quando se suprime ou se ajuda a suprimir a vida de outra pessoa, mas o contrário: terá que dar carinho e ajudá-la”, indicou Dom. Gea.
O Bispo de Mondoñedo-Ferrol esclareceu que quando a pessoa ama de verdade, procura que “a vida do doente tenha sentido”. Acrescentou que embora não entra em valorar a consciência de Maneiro, “não há razão suficiente para suprimir uma vida”.
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Dom. Gea assinalou que a Igreja não claudicará em seus princípios e os defenderá, “não em plano de luta ou de misturar-se em coisas que não lhe pertencem”, mas sim para proteger “diante de todos os católicos a verdadeira fé e a vida”.
Como se recorda, os pais tomaram esta decisão logo que o juiz José Luis Niño, titular do Primeiro Tribunal de Avilés, aprovou em 14 de dezembro passado seu pedido para praticar um aborto em sua filha.
Isto provocou a mobilização de numerosas organizações que se ofereceram a acolher a jovem mãe e a seu filho e assim evitar o aborto, entretanto, este finalmente se consumou.