O governo chinês proibirá por lei que os pais decidam abortar  seus filhos em razão do sexo do bebê. Desta maneira, quer equilibrar a desproporção entre o número de meninos e meninas que nascem no país, conforme informou a publicação a China Daily.

A política de planejamento familiar orientado a controlar o crescimento demográfico no país asiático consiste em que cada casal pode ter um só filho. Esta medida gerou um desequilíbrio entre os sexos, devido a que os pais abortam a suas filhas mulheres e esperam  ter um menino. O resultado é que agora a cada 119 meninos há apenas 100 meninas.

Na China os filhos homens são tradicionalmente preferidos por ser considerados mais capazes de contribuir na família, ajudar os pais idosos e manter a descendência, enquanto que as mulheres passam a formar parte do núcleo familiar do marido.

A política do “filho único”  reduziu a taxa anual de crescimento da população na China que alcançou 1,3 bilhões de habitantes. Esta cifra representa mais de um quinto da população total mundial.

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O presidente da Comissão Estatal de População e Planejamento Familiar da China, Zhang Weiqing , informou que o Estado se dispõe a tratar de eliminar esse desequilíbrio e para isso seu organismo “iniciará a revisão da Lei Penal para proibir de maneira efetiva a detecção do gênero do feto”.

Do mesmo modo, ficará impedido o aborto seletivo, que se pratica logo que a mãe se submete a uma exame de ultra-som e opta por abortar  seu bebê quando se trata de uma menina.

A pesar do desejo de eliminar o desequilíbrio de gênero e de permitir aos residentes em determinadas áreas rurais ter mais de um filho, o governo afirma que manterá a política de planejamento familiar que limita os casais a ter apenas um descendente.