BOGOTÁ, 18 de jan de 2005 às 14:16
A fim de evitar que o Seminário Maior de Bogotá seja vendido e se converta em um hotel de luxo ou um centro comercial, dezenas de bogotanos empreenderam uma campanha em defesa deste patrimônio religioso e cultural.
A proposta de compra do imóvel por parte de Pedro Gómez Barrero, que ao se concretizar, trasformaria o destino urbano do setor norte de Bogotá, não foi bem recebida pelos habitantes da capital colombiana, que através de correios eletrônicos expressaram seu mal-estar pela possível decisão.
O padre Alberto Forero Castro, chanceler da arquidiocese de Bogotá, confirmou que antes de terminar o ano de 2004, Pedro Gómez solicitou uma audiência com o Cardeal Pedro Rubiano Sáenz para fazer uma oferta de compra do Seminário Maior e seus prédios anexos, localizado na rua 94 com a Sétima.
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“Esta não é a primeira ocasião que há interesse pela compra do prédio. Em 1974, já vários construtores tinham se interasso a fim de transformá-lo em um grande centro comercial. Também, em 1986 não faltou quem pensasse fazer ali o mais luxuoso centro de negócios da América Latina” anotou o Padre Forero.
Construído em 1946 e centro de formação de 150 seminaristas, o Seminário reconhecido pelos bogotanos como um patrimônio intocável que leva em seu interior uma grande biblioteca com mais de 90 mil volumes e uma pinacoteca com quadros que recolhem a pintura religiosa desde tempos da Colônia.
Diversos urbanistas e arquitetos afirmaram que é necessário que o próprio Ministério de Cultura recorra ao Conselho de Monumentos Nacionais para promover a declaração do Seminário Maior como bem de interesse nacional.