MADRI, 3 de jun de 2004 às 14:46
O Arcebispo de Valência, Dom Agustín García-Gasco, reprovou a manipulação de embriões humanos e afirmou que "maltratar o embrião é uma manifestação de prepotência inadmissível porque é a primeira fase da vida humana".
Em sua carta semanal, Dom García-Gasco afirmou que "a ciência ajuda o progresso da sociedade quando se aplica de um modo que não gera vítimas humanas". Ao contrário, "quando a ciência vai contra a ética, deixa de ser um modo de conhecimento e passa a ser um instrumento que pode causar danos irreparáveis".
O prelado valenciano afirmou que "todos devemos pedir à ciência que contribua para o progresso digno, o progresso sem vítimas". A cieêcia precisa "incorporar exigências éticas para corrigir os erros de um desenvolvimento inadequado". No caso da dignidade do ser humano, "a ciência tem um compromisso ético intransferível com o mistério das fases iniciais da vida humana, tem que colocar-se a serviço da vida e de suas leis e, portanto, não pode progredir contra ela".
Mais adiante, o Arcebispo lembrou que "todos fomos embriões" e, por isso, "tratá-los como se fossem coisas é uma injustiça que ninguém pode justificar com os argumentos da ciência”.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
Segundo Dom García-Gasco, "nenhum fim justifica maltratar o embrião humano". Além disso, "hoje surge um novo equívoco intencional: dizer que o embrião humano em seus primeiros dias é uma coisa, um aglomerados de células, um ‘pré-embrião’".
O Prelado considerou que "é perverso dar o tratamento de coisa a quem já é um dos nossos, um ser humano necessitado mais do que nunca de proteção, de cuidado e de respeito".
O Arcebispo de Valência também exigiu aos governantes que "garantam o autêntico progresso" porque "nunca se pode deixar os mais indefesos nas mãos dos mais poderosos".
A democracia "só é tal quando todos favorecemos os direitos de todos, quando não se nega a ninguém o reconhecimento de sua dignidade e seu direito à vida", concluiu o Prelado.