MOSSUL, 19 de jan de 2005 às 15:47
O Arcebispo sírio católico de Mossul, Dom. Basile Georges Casmoussa, recentemente libertado por seqüestradores no Iraque, afirmou que a intervenção do Papa João Paulo II durante seu cativeiro foi fundamental para sua rápida libertação.
O Prelado –de 66 anos–expressou que “os mesmos seqüestradores me contaram nessa manhã sobre a apelação do Papa, a qual estou seguro, foi um fator decisivo para minha libertação”.
Do mesmo modo, o Arcebispo afirmou que não foi maltratado pelos criminosos e que estes não queriam “atacar à Igreja em si” pois segundo o Prelado não sabiam quem era quando o seqüestraram.
“Assim que souberam que era um bispo, mudaram o comportamento e libertaram ao meio-dia, antes da hora que haviam dito e sem pagar nenhum resgate”, acrescentou o Arcebispo.
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Dom. Casmoussa foi capturado por homens armados em dois automóveis que o cercaram no distrito de al-Majmoua à-a Thaqafiya enquanto se dirigia a visitar algumas famílias de sua comunidade.
Depois de 24 horas de cativeiro, a libertação do Arcebispo foi confirmada à agência Misna pelo sacerdote sírio católico Petros Mouché, da arquidiocese de Mossul, que assegurou que não se pagou resgate algum.
O Pai Mouché informou que Dom. Casmoussa voltou para casa em um automóvel enviado para recolhê-lo e disse que ainda se ignorava a identidade dos seqüestradores e os motivos do seqüestro.
Atualmente o Iraque tem 25 milhões de habitantes, dos quais cerca de 750 mil são cristãos caldeus e sírio-católicos. Quase diariamente sofrem algum ataque.