O diário Gestão Médica informou que um grupo de médicos liderado pelo presidente da Sociedade Peruana de Obstetrícia e Ginecologia (SPOG), Valentín Jaimes, pretende legalizar o aborto por violação. 

Atualmente a SPOG, representantes do Ministério de Saúde, Ministério da Mulher e agências de cooperação internacional que trabalham nos chamados “direitos sexuais e reprodutivos”, estão elaborando uma Guia ou Protocolo para o aborto legal, que incluirá o aborto por violação.

"Estamos pedindo que fiquem na Guia ( gravidez por violação)  como uma das indicações para a interrupção legal da gravidez, e estas indicações vão ter que passar pelo Colégio Médico e Ministério de Saúde para sua aprovação e depois passarão ao Congresso", adiantou Jaimes.

Segundo Jaimes, a Guia estará preparada para  30 de junho quando se celebrar o Dia do Ginecologista Obstetra. Segundo Gestão, para este médico, as gravidezes por violação justificam um aborto porque “a gravidez é uma lembrança constante para a mulher da violação. Além disso ninguém queria ter um filho não desejado e que é fruto da violência”.

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Embora Jaimes reconheceu não ter cifra alguma para determinar quantas gravidezes surgem de violações, insistiu em que “o filho não desejado é um problema em todo mundo e a quarta parte das crianças que nascem são filhos não desejados. Em nosso país na última década nasceram quase um milhão destas crianças”.

Para  Jaimes, “ser um filho não desejado leva a que a mãe veja o filho como um problema em sua vida e não lhe dê o afeto necessário e se criam circunstâncias em

 que a criança possa ter um déficit em seu desenvolvimento emocional”. Isto bastaria para que a mãe aborte  seu filho.