LONDRES, 21 de jan de 2005 às 14:45
“A eutanásia é inaceitável”, declarou o Arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, líder dos 70 milhões de anglicanos que há no mundo. Segundo ele, a eutanásia “exclui a Deus de certos aspectos fundamentais da vida”.
Segundo a agência Reuters, o líder anglicano assegurou que este “direito” à morte assistida, poderia, eventualmente, terminar culpando por assassinato às pessoas que assistem na morte, em claro desacordo com as opiniões de seu assessor mais próximo que esta semana defendeu a eutanásia em declarações à imprensa.
"O que a vida de uma pessoa significa não incumbe só a ela, já que esta vive relacionando-se com outros e com a sociedade inteira.”, escreveu Williams na revista Times.
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"O direito de evitar a dor está em debate, assim como o direito de dizer sim ou não a certos tratamentos médicos”, assinalou Williams e acrescentou “que uma vez que existe a possibilidade da morte assistida, está-se envolvendo diretamente a responsabilidade de outros.”
Afirmar que a decisão individual de terminar com a própria vida seria o mesmo que afirmar que Deus não tem capacidade na vida do homem. Seria “admitir que a fé falhou”.
Na Europa alguns países como a Bélgica, Holanda e Suíça já legalizaram a eutanásia.