VATICANO, 27 de jan de 2005 às 13:37
Rita Federizzi, membro ativo de um grupo católico Mariano, foi comparada com a tão querida e recentemente canonizada Santa Gianna Beretta Molla, por ter se recusado a seguir o tratamento que poderia tê-la salvo mas mataria o bebê que levava em seu ventre.
Como se recordará, Gianna Bereta, que morreu em 1962 logo depois de negar-se a interromper a gravidez face às advertências de que poderia lhe causar a morte, foi canonizada pelo Papa João Paulo II no ano de 2003 e se converteu em um símbolo para todos aqueles que se opõem ao aborto.
Assim como a Santa, Rita Federizzi, de 41 anos, morreu logo depois de negar-se a receber o tratamento de câncer –doença que descobriu quase ao mesmo tempo em que soube da gravidez– que teria matado o bebê que levava em seu seio.
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O jornal L'Osservatore Romano escreveu que Rita "era consciente das poucas possibilidades de sobreviver se desse à luz. Apesar disso seguiu adiante com sua decisão de receber uma nova vida ofertando a própria".
"A decisão de Rita, que sempre compartilhei com ela, foi um decisão de fé”, declarou seu marido, Enrico Ferrari, à agência italiana de imprensa ANSA e acrescentou que "cada vez que alguém lhe recomendava submeter-se ao aborto para poder sobreviver, ela dizia que fazê-lo seria ‘como se me pedissem matar a algum de meus outros dois filhos para salvar minha pele”.
Rita Federizzi deixa seu marido e três filhos. Os dois maiores de 10 e 12 anos, respectivamente. O terceiro filho, Federico, a quem sua mãe salvou às custas de sua própria vida, tem apenas três meses de idade.