LONDRES, 13 de ago de 2010 às 13:43
Lorde Christopher Patten, a quem o primeiro-ministro britânico confiou a organização da viagem do Papa Bento XVI à Grã-Bretanha, expressou sua confiança em que a próxima visita papal será um sucesso.
"Estou absolutamente seguro de que todos os preparativos empreendidos pelo Governo britânico, os governos locais, as conferências Episcopais da Escócia e da Inglaterra, farão da visita do Papa um êxito incrível", declarou Lorde Patten à Rádio Vaticano e acrescentou que está convencido de que aqueles que criticaram a viagem se surpreenderão ao descobrir sua importância.
O funcionário espera que a visita prevista para os dias 16 a 19 de setembro, "não só permitirá à comunidade católica sentir-se muito perto do Papa nos acontecimentos de tipo pastoral", mas também proporcionará uma oportunidade para demonstrar que o Governo de um país majoritariamente não-católico tem amplas possibilidades de colaboração com a Igreja Católica.
Lorde Patten reconheceu que a visita do Papa foi muito criticada, mas disse que isto não o preocupa. "Vivemos em uma sociedade livre, se o povo quer protestar pacificamente tem o direito de fazê-lo", disse. Entretanto, acredita que os que criticam "representam uma pequena minoria".
Patten também adverte uma certa intolerância religiosa, que, segundo ele, "dirige-se principalmente à Igreja Católica devido à sua importância, sua longevidade e à segurança com que afirma algumas verdades fundamentais (que consideramos como verdades fundamentais)".
"Mas isso não me preocupa muito. Acredito que temos que ser coerentes e quando fazemos certas declarações, reconhecer que às vezes nós fomos intolerantes no passado", acrescentou.
Ao ser questionado sobre a dificuldade de transmitir a mensagem do Papa através dos meios de comunicação, Lorde Patten afirmou que poderia ser efetivamente difícil "transmitir a mensagem de que a fé não é um problema, que a fé é a melhor maneira de enfrentar os desafios da vida no século XXI".
"Não se sabe –porque os meios não têm interesse de divulgar– que 25 por cento da educação escolar na África subsaariana é proporcionada pela Igreja Católica, ou que 25 por cento da assistência médica na África subsaariana é subministrada pela Igreja Católica e grupos vinculados a ela", assinalou.
"Estas mensagens chegarão, precisamente graças à presença do Santo Padre no Reino Unido e nas muitas e importantes reuniões que se realizarão com esse motivo", concluiu.