A Procuradoria Geral da República na Colômbia anunciou que promoverá um projeto de lei para proteger aqueles médicos que não queiram realizar abortos e possam exercer seu direito à objeção de consciência inclusive ante uma sentença judicial.

"A Procuradoria promoverá no Senado da República, um Projeto de lei destinado estritamente a proteger a liberdade de consciência dos médicos, que consideram que o aborto em qualquer circunstância constitui um atentado contra a vida", afirmou o chefe deste órgão Alejandro Ordóñez.

O funcionário explicou que com esta norma também se pretende apoiar os professores que se neguem a ensinar o aborto como um método válido para terminar um embaraço.

Carlos Pólo, diretor para a América Latina do Population Research Institute (PRI), saudou a decisão da Procuradoria e recordou que "o aborto despenalizado na Colômbia se converteu em uma arma de um governo hipotecado a uma ideologia para implantá-lo como um direito".

"É claro que a população não quer o aborto. Durante os 3 anos de vigência da sentença e apesar de toda a publicidade e pressão do governo, realizaram-se menos de 300 abortos ‘legais’. Não há sintoma mais claro de que os colombianos não querem o aborto nem o aceitam culturalmente", acrescentou.

Do mesmo modo, Pólo considerou que "a manobra de impedir a objeção de consciência é uma forma de dobrar o braço de alguns médicos líderes de opinião que possam apresentar resistência para logo obrigar todo o pessoal da área de saúde a realizar abortos".

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