Roma, 6 de set de 2010 às 11:40
O Arcebispo de Gênova e Presidente da Conferência Episcopal Italiana, Cardeal Angelo Bagnasco, assegurou que enquanto "um homem e uma mulher unem suas vidas para sempre no vínculo do matrimônio" haverá esperança no futuro para a humanidade.
O Cardeal pediu aos italianos rebaterem através do sacramento do matrimônio, "uma verdadeira corrida rumo à morte" e recordou que "negar a família significa o desmoronamento da sociedade mesma".
Na missa que celebrou pela Solenidade da Virgem da Guarda, o Cardeal Bagnasco pediu um maior amparo da família na Itália porque um maior apoio às políticas pró-família assegura um "corpo social equilibrado."
O Arcebispo insistiu a desenvolver políticas que sejam "mais aderentes e eficazes" segundo a realidade das famílias na nação, e considerou "absurdo" não estar preocupado pelo problema e resolvê-lo.
Segundo as cifras oficiais do Instituto Nacional de Estatística da Itália, no ano 2009 houve uma média de 1,41 filhos por família.
O Cardeal Bagnasco sustentou que a necessidade de "reconhecer que o equilíbrio demográfico não só é necessário para a sobrevivência física de uma comunidade, pois sem filhos não há futuro, mas também é uma condição para a aliança entre gerações que é essencial para uma normal dialética democrática".
A falta de crianças antecipa um futuro "outonal" para o país, advertiu e indicou que os desequilíbrios geracionais, a pobreza educativa e a impossibilidade da sociedade de pensar em prever e organizar-se em torno às crianças já é real.
"A família fundada no matrimônio, e especialmente no sacramento, é uma prova de que Deus segue amando o mundo, que confia no homem, que o futuro existe, que o amor e a esperança são mais fortes que o mal", indicou.
Finalmente disse que embora o "sim" ao matrimônio possa ser intimidante para alguns, com o poder de Cristo "uma força divina e humana se insere na relação" e permite que "o amor até o ponto de sacrificar-nos a nós mesmos" una "as fronteiras entre o humano e o divino".