Arcebispo argentino denuncia manipulação de cifras para promover o aborto

BUENOS AIRES, 7 de jun de 2004 às 12:50

O Arcebispo de La Plata, Dom. Héctor Aguer, denunciou o uso de “cifras mentirosas” sobre o aborto com a intenção de promover a legalização desta prática.

No marco do espaço televisivo dirigido pelo jornalista Tito Garabal, o Prelado  começou lembrando que  “a possibilidade da legalização do aborto é um tema algo recorrente na  Argentina”, sempre mediante “uma estratégia de mentira onde se abordam desmesuradamente as cifras dos supostos abortos clandestinos”.

O Arcebispo lembrou que se trata de  “uma estratégia conhecida em todo o mundo”: “Recentemente uma organização feminista disse que na Argentina são praticados 500 mil abortos clandestinos por ano e que há mais de 70 mil óbitos hospitalares por complicação devido a estas operações ilegais e isto é mentira”.

Como contraste, Dom Aguer indica que os números oficiais do Ministério da Saúde da Nação “não dão mais que 356 mortes maternais no ano de 2002 por causa de uma grande quantidade de patologias  da gravidez, parto, cesárea, puerperio, abortos espontâneos e também seguramente complicações devidas a abortos ilegais”.

Segundo o Arcebispo, “se observa como continuam pressionado sobre a opinião pública”; mas adverte que “está sendo esboçada  outra possibilidade sinistra que é conseguir uma aprovação do aborto através da via judicial. Pensemos que neste momento estão por eleger as cadeiras vacantes na Suprema Corte de Justiça da Nação e, precisamente, nos Estados Unidos o aborto entrou por via judicial”.

“Apresento-lhes estes dados para que possamos resistir com a verdade esta avalanche de mentiras provocadas por uma ideologia antivida. É o avanço de uma cultura anti-vida que se vale de qualquer meio para conseguir seus fins embora creio e espero que a  sensatez, o bom senso e o humanismo próprio do povo argentino acabarão prevalecendo”, concluiu Dom Aguer.