O Secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, assim como o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, negaram a informação veiculada pela agência ANSA e outras fontes afirmando que Carvalho teria se reunido com integrantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e ameaçado revisar o acordo entre o Brasil e o Vaticano por questionamentos à candidata Dilma Rousseff. Em uma nota do Jornal O Globo,  Carvalho afirmou que essa “é mais uma acusação mentirosa devido ao processo eleitoral”.

O secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, também negou o encontro e a suposta ameaça. Por meio da assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, Gilberto Carvalho negou a notícia, veiculada pela agência italiana ANSA também em espanhol, e qualquer tentativa de criar uma situação de atrito entre o governo e a Igreja Católica. Ele disse ainda que o acordo foi aprovado pelo Congresso e não tem relação com a campanha eleitoral.

O Globo recorda que “o acordo foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Papa Bento XVI, em 2008, e regulamenta aspectos jurídicos da Igreja Católica no país, incluindo isenções fiscais, liberdade de credos e ensino religioso nas escolas públicas”.

Na mesma nota, Dom Dimas foi enfático ao negar que o chefe de gabinete tenha feito qualquer ameaça: “Eu não recebi nada a esse respeito. Fiquei surpreso com a notícia. Não houve ameaça”, afirmou o também bispo auxiliar do Rio de Janeiro.
“Isso seria a última coisa que alguém anunciaria em plena campanha presidencial”, afirmou.

O secretário-geral da CNBB informou ao jornal carioca “que desde que começou a eleição não se encontrou com o chefe de gabinete”.

O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse que os acordos internacionais têm a chamada cláusula de denúncia, mas que o governo não tem qualquer intenção de revisar o tratado com a Santa Sé.

A nota da agência ANSA afirmava que o Brasil ameaçava rever o acordo com o Vaticano se a candidata do PT continuasse a ser questionada sobre a questão do aborto. O texto da agência de notícias italiana citava o jornal brasileiro “Valor Econômico”.

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