Ainda durante a campanha em um recente artigo aparecido na página da Diocese de Guarulhos, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini escreve aos seus diocesanos “tenho plena certeza de que nessa batalha a vitória já é do Evangelho da vida”. O bispo afirma que “daqui por diante, qualquer líder político, nos cargos executivos ou legislativos, seja no nível municipal, estadual ou federal, quando for tratar dessa matéria que tange a defesa ou a destruição da vida, dar-se-á conta de que agora há no Brasil um povo que tem uma opinião solidamente formada sobre o assunto; e que há uma Igreja, que (...) continuará combatendo em defesa da vida”.

Em sua carta, Dom Bergonzini que no primeiro e segundo turno das eleições instou os fiéis a não votarem por nenhum candidato que promovesse a legalização do aborto afirma que “Por consciência cristã e dever de Pastor do rebanho de Deus, iniciei em julho de 2010 uma batalha em favor da vida, Dom precioso de Deus”.

Em seguida o bispo de Guarulhos afirmou que “tendo tomado conhecimento, após criteriosa pesquisa, dos projetos do Partido dos Trabalhadores (PT), para legalizar o aborto em nosso país, permitindo a sua prática na rede do SUS, vos escrevi na Folha Diocesana um artigo intitulado “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, quando recomendei a todos vós que não désseis vosso voto a nenhum candidato ou partidos políticos que sejam a favor da legalização e descriminalização aborto. Esse meu procedimento transbordou os limites da Diocese de Guarulhos e repercutiu em todo o Brasil, e até mesmo no exterior. Fui muitas vezes questionado sobre esse meu posicionamento e permaneci firme nesse ponto, pois o falar do cristão e sobretudo de um bispo da Igreja, deve ser” sim,sim; não, não”.

“Não tenho dúvida de que a polêmica sobre a legalização do aborto foi um dos elementos que fez com que as eleições para o cargo de Presidente da República tenha ido para o segundo turno. O povo brasileiro quis refletir melhor sobre o que realmente pensam os candidatos sobre o princípio bíblico “Não Matarás” (Êxodo 23,7); o povo começou a discutir o assunto. A falácia de que o “aborto é caso de saúde pública” perdeu a eficácia; a afirmação de que o aborto é uma agressão ao corpo da mulher foi desmascarada, e a sua real definição se impôs: aborto é antes de tudo assassinato de indefeso”, denunciou o prelado do interior paulista.

Depois de referir-se às críticas que recebeu por seu firme posicionamento em defesa da vida humana, o que também lhe valeu ao bispo ter sido ameaçado de morte, Dom Luiz disse: “Agradeço aos milhões de cristãos e cidadãos anônimos que unem-se ao meu clamor pela vida dos pequeninos indefesos. Agradeço de todo coração às vozes solidárias e compreendo aqueles irmãos que não puderam permanecer comigo aos pés da cruz”.

Finalmente o prelado afirma: “Caríssimos diocesanos, tenho plena certeza de que nessa batalha a vitória já é do Evangelho da vida. Daqui por diante, qualquer líder político, nos cargos executivos ou legislativos, seja no nível municipal, estadual ou federal, quando for tratar dessa matéria que tange a defesa ou a destruição da vida, dar-se-á conta de que agora há no Brasil um povo que tem uma opinião solidamente formada sobre o assunto; e que há uma Igreja, povo de Deus, que,unida a outras denominações religiosas continuará combatendo em defesa da vida , com o rugido do “Leão de Judá”, impedindo que os valores humanos fundamentais sejam tratados com o descaso que até então se fez”.

“As eleições terminarão no próximo dia 31 de outubro; mas a nova consciência do povo brasileiro atravessará esse e os próximos governos”, conclui a nota de Dom Bergonzini que pode ser vista na íntegra em:

http://www.diocesedeguarulhos.org.br/miolo.asp?fs=menu&seq=739&gid=10

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