Após o desalojamento na madrugada de domingo passado de um milhar de estrangeiros ilegais que se trancaram na Catedral de Barcelona, o Arcebispado catalão reiterou a solidariedade da Igreja com os imigrantes “sem papéis” mas rejeitou os abusos contra os templos.

Depois de classificar como “injusto” que certos grupos coloquem em dúvida a solidariedade da Igreja com os imigrantes, o porta-voz do Arcebispado de Barcelona assegurou que a Igreja é solidária "através do trabalho diário de nossas paróquias e do esforço econômico e social que dedica a Cáritas a potencilizar programas de inserção para estes grupos”.

O Arcebispado de Barcelona defendeu a necessidade de desalojar a Catedral, ao garantir que "a primeira coisa que deve ser respeitada é o caráter relgioso" dos templos, algo que "não se fez porque no sábado passado  interromperam a celebração da Missa".

Além disso, o porta-voz indicou que o  desalojamento foi permitido para proteger o patrimônio "histórico e monumental" da Catedral. "Tem obras de arte de grande importância como o coro, situaldo no centro do templo, que é feito de madeira e que apenas com uma faísca pode incendiar-se", disse o porta-voz.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

"No caso de que o Arcebispado de Barcelona tivesse permitido que um milhar de pessoas passasse a noite no interio do templo e o coro fosse queimado, então o que diria a cidadania?",  perguntou-se o mesmo porta-voz.

Por sua vez, o Arcebispo de Barcelona, el Cardeal Ricard Maria Carles, assegurou no domingo ver  "manipulações interessadas" sobre os imigrantes que no sábado passado se trancaram na Catedral e na Igreja do Pi e considerou "inoportuno" ocupar os templos.

O Purpurado também agradeceu às administrações, sindicatos e entidades pelo documento que assinaram na madrugada do domingo e no qual consideravam que  "não era oportuna a ocupação dos templos, quando estão em curso negociações para resolver o problema dos 'sem papéis', tanto em  nível autonômico como estatal".