ROMA, 13 de dez de 2010 às 16:33
O Arcebispo de Cracóvia (Polônia), Cardeal Stanislaw Dziwisz, quem foi o secretário do Papa João Paulo II durante 40 anos, recordou que para Karol Wojtyla a alegria do Natal é algo que, meditado e contemplado na liturgia e a vida cotidiana, deve ser compartilhada com outros.
O Cardeal Dziwisz fez esta reflexão ao comentar o livro "A Noite das luzes: Páginas e homilias de Natal" que recolhe diversas intervenções do Papa João Paulo II, antes e depois de chegar à Sé de Pedro, sobre esta importante festa.
Na análise, publicada pelo jornal L'Osservatore Romano em sua edição de 10 de dezembro, o Arcebispo recordou que para João Paulo II "as festas natalinas eram sobre tudo um momento muito importante para celebrar o mistério da encarnação de Deus, quer dizer do Amor que se faz próximo a todos os homens, quando nasce como menino em Belém".
Depois de relatar que o Papa Peregrino celebrava o Natal com toda a Igreja, o Cardeal afirma que esta festa "era para o Servo de Deus João Paulo II a festa da família, apesar de que ele mesmo tinha perdido a sua": sua mãe morreu quando era menino, a irmã faleceu logo de nascida, o irmão maior quando era doutor e o seu pai durante a Segunda guerra mundial.
O Papa polonês celebrava o Natal "com grande alegria na família dos sacerdotes e das religiosas que trabalhavam com ele. Sempre estava rodeado da ‘família’ de seus estudantes dos tempos em que foi capelão em São Floriano, na Cracóvia. Convidava-os ao palácio episcopal em Cracóvia e em Roma, porque acreditava que a alegria do Natal devia ser compartilhada com outros".
No Vaticano, prosseguiu, "celebrava o Natal com a família pontifícia, composta não só pelos senhores cardeais e monsenhores que trabalhavam na cúria, mas também pelo guarda vaticano e por aqueles que desempenhavam outros serviços".
Logo depois de comentar que João Paulo II também celebrava o Natal com o presépio e a grande árvore da Praça de São Pedro, o Arcebispo de Cracóvia recorda que o Papa Peregrino gostava "das canções de natal e comidas típicas deste período, porque ajudavam a criar uma atmosfera inesquecível e viver assim o mistério do nascimento de Deus".
"O nascimento do Senhor era para o servo de Deus um mistério a ser contemplado na liturgia e na vida cotidiana e que, contemplado, deve ser compartilhado com outros".