TUCSON, 14 de jan de 2011 às 17:51
O Bispo de Tucson (Estados Unidos), Dom Gerald Kicanas, recordou que diante de tragédias como a ocorrida no sábado 8 de janeiro onde um desequilibrado assassinou seis pessoas e deixou a outras 14 feridas, Deus sempre conforta e consola todos porque nunca quer o mal e Ele não faz mal a ninguém.
Na Missa de sufrágio da terça-feira 11 de janeiro que presidiu Dom Kicanas foram recordados os falecidos, entre eles dois católicos: o juiz federal John Roll e a pequena de nove anos Christina Taylor Green, vítimas dos disparos de Jared Loughner.
O jovem de 22 anos disparou 31 tiros quando a representante democrata Gabrielle Giffords se reunia com cidadãos no estacionamento de um supermercado de Tucson, Arizona.
A Eucaristia teve início com o canto "Amazing Grace" (graça assombrosa) que foi cantado pelo coro de crianças da paróquia de Santa Odilia, à qual pertencia Christina Taylor Green. Sua mãe Roxana também esteve presente na celebração.
Na homilia, Dom Kicanas expressou a dor que experimenta junto à sua comunidade que leva a perguntar: "Como pôde Deus permitir tanta violência contra inocentes? Como pôde permitir a dor e o sofrimento de tantas pessoas? Deus nos abandonou? Olhou para outro lado?"
"Nosso Deus jamais quer o mal, nunca inflige dor aos seus filhos, não golpeia nem faz mal a ninguém. Em lugar disso nos conforta e nos consola quando somos afetados por estas tragédias. Deus está perto, caminha conosco, mantém-nos na palma de sua mão".
O Prelado disse também que "as lembranças daquele sábado pela manhã nos perseguirão em cada lugar e por muito tempo. Que esta celebração litúrgica nos exorte a trabalhar juntos e cooperar, frente às diferenças, para melhorar nossa comunidade".
"Estamos agradecidos pelo interesse de todos, pelo amor e a solidariedade ante estes fatos. Cada um de nós está orgulhoso do valor dos habitantes de Tucson que reagiram instantaneamente para ajudar os feridos junto ao pessoal médico hospitalar".
Finalmente o Bispo de Tucson assinalou que "Deus não quer discórdia nem divisões" mas deseja "que sejamos dignos de ser chamados filhos e filhas por nossas ações e nossas relações. Devemos resistir ao mal vivendo com integridade, falando com civilidade com respeito pelos outros".