WASHINGTON DC, 17 de jan de 2011 às 11:19
"UnPlanned" (Não planejado) é o livro no qual a ativista pró-vida Abby Johnson detalha como deixou seu trabalho de diretora de uma clínica de abortos da cadeia Planned Parenthood (PP) para converter-se em defensora da vida e abraçar a fé católica.
Johnson se converteu em figura pública em novembro de 2009 quando um juiz descartou um processo da Planned Parenthood que pretendia silenciá-la. A imprensa americana divulgou sua surpreendente mudança e hoje seu testemunho permite salvar vidas de não-nascidos nos Estados Unidos.
Apesar dos problemas legais e ataques pessoais de seus ex-empregadores, Johnson narra sua história completa no livro publicado pela Ignatius Press que vem sendo vendido em livrarias locais desde o 11 de janeiro.
No volume, Johnson explica por que deixou a indústria do aborto para formar parte do movimento pró-vida, rechaçar inclusive a anticoncepção e abraçar a fé católica.
Johnson começou como voluntária na PP e chegou a dirigir a clínica de abortos Bryan/College Station, Texas (Estados Unidos).
Ela mesma se submeteu a dois abortos e sofria em silêncio enquanto seus empregadores exigiam que ela alcançasse as cotas de abortos na clínica e aceitava sem questionamentos a ideologia da PP sobre o falso "direito ao aborto".
O que suscitou sua conversão foi a experiência de ver em um monitor de ultra-som como era abortado um não-nascido de 13 semanas.
Em uma ocasião pediram a Abby que ela ajudasse em um aborto devido a escassez de pessoal em setembro de 2009. Esses minutos trocaram sua vida para sempre. Ela pensava que o bebê era incapaz de sentir algo com tão poucas semanas de concebido, mas conta que viu como ele se retorcia e fugia do tubo que o aspirava.
"Logo se desmanchou e começou a desaparecer dentro da cânula ante meus olhos", recorda Johnson e acrescenta que o último que viu foi "como sua pequena espinha dorsal, perfeitamente formada era sugada pelo tubo, e que logo já não estava lá".
Em uma entrevista concedida ao grupo ACI em 11 de janeiro, Johnson assinalou que deixou seu trabalho e se uniu ao movimento pró-vida para ajudar as mulheres a entenderem a verdade sobre o aborto e não para converter-se em uma figura pública. Foi por causa da Planned Parenthood e não da Coalizão pela Vida, movimento que a acolheu, que Johnson decidiu publicar sua história.
A transnacional abortista abriu uma batalha legal contra Johnson para que ela não falasse de seu ex-trabalho e foi a organização anti-vida a que levou seu caso à imprensa.
"Isto não foi o que planejei para minha vida. Mas Deus o preparou para mim e seria incorreto afastar-se de algo que Ele quis para minha vida", sustenta Johnson e assegura que junto ao seu marido cresceram em sua fé durante todo este ano e se preparam para entrar na Igreja Católica.
Um dos últimos obstáculos que encontrou no curso de sua conversão ao catolicismo, foi aceitar o ensino da Igreja sobre o controle da natalidade. Entretanto, Johnson assinala que ter estudado com "mente aberta" o pensamento de João Paulo II e outras fontes de ensino da Igreja, junto a uma experiência pessoal enquanto rezava em uma igreja, a fez compreender a plenitude do ensinamento da Igreja sobre a sexualidade.