REDAÇÃO CENTRAL, 18 de jan de 2011 às 12:12
Um dos membros do Conselho Diretor da Pontifícia Academia para a Vida,
Patrício Ventura-Juncá, recordou que Karol Wojtyla "foi um grande amante
da vida, defensor dos que são impedidos de nascer".
Em comunicação
telefônica com o grupo ACI, o também diretor do Centro de Bioética da
Universidade Católica do Chile expressou sua alegria pelo anúncio da
próxima beatificação de João Paulo II.
O perito assegurou que o Papa "tinha uma clara consciência de viver o avanço da biologia e a idéia que ninguém tem o direito de eliminar a uma pessoa inocente que ainda não pôde desenvolver-se e gozar de todos aqueles bens que uma pessoa goza à medida que ela vai se desenvolvendo como criança, adolescente e adulto".
João Paulo II foi "um grande visionário porque percebeu que o futuro do mundo ia depender da família, porque é aí onde justamente se transmite a fé e os valores", acrescentou.
Ventura-Juncá assinalou também que ao beatificar João Paulo II, a Igreja dá um modelo para todos os cristãos e os não-cristãos, pois ele percorreu o mundo e transpassou amplamente as fronteiras do Vaticano.
"Eu diria que João Paulo II é um modelo para todos os não-cristãos. Pois basta ver a quantidade de gente que sua morte convocou. Eu acredito que é um homem que transpassou amplamente as fronteiras do vaticano, percorreu o mundo e também transpassou o pensamento cristão além dos cristãos", indicou.
Patrício Ventura-Juncá recordou ao final de sua entrevista que "João Paulo II, o Grande, foi um homem adiantado à sua época porque confiou nos leigos", para que como membros da Igreja intervenham em disciplinas como a ciência, a filosofia e a bioética.