ROMA, 19 de jan de 2011 às 16:55
A Fundação Masih, encarregada da defesa legal de Asia Bibi, a mãe de família cristã condenada à morte sob a Lei de Blasfêmia, informou que analisa junto com as autoridades a possibilidade de criar uma escolta privada, para evitar que sua defendida seja atacada por radicais islâmicos quando for transladada ao tribunal ou enviada a outro cárcere.
Haroon Masih, líder da fundação, disse à agência Fides que foi formada uma escolta privada porque não existe confiança nos agentes muçulmanos que o Estado brinda; sobre tudo depois que o governador de Punjab, Salman Tasir, fora assassinado por um dos seus guarda-costas por opor-se à lei de blasfêmia.
Fides indicou que, segundo a inteligência paquistanesa, Bibi recebe constantes ameaças e deve ser transladada a outra prisão. Entretanto, Haroon Masih advertiu que isto também é um perigo porque "os terroristas podem estar em qualquer lugar, e inclusive infiltrar-se entre os guardas que deveriam protegê-la".
Com respeito ao traslado ao tribunal, a fundação pediu que as audiências sejam realizadas dentro da prisão para evitar qualquer inconveniente, sobre tudo depois que 34 pessoas foram assassinadas por extremistas muçulmanos durante os processos por blasfêmia.
Duas destas vítimas são os irmãos Rashid e Sajid Emmanuel, assassinados por um desconhecido quando saíam de um tribunal em Faisalabad em julho de 2010.