O coordenador do Movimento Cristão Liberação (MCL), Oswaldo Payá, afirmou que ninguém pode questionar que os cubanos querem viver em democracia e desfrutar "da liberdade, da reconciliação e de todos os direitos".

Payá se referiu à informação que o jornal espanhol El Pais publicou em 17 de dezembro, sobre as comunicações que a Seção de Interesses dos Estados Unidos em Cuba enviou a Washington e que foram filtrados pelo Wikileaks.

Em suas comunicações, os representantes americanos afirmaram que os dissidentes cubanos não têm "programas designados para captar um amplo espectro da sociedade cubana", e que para esta, a prioridade é viajar e viver confortavelmente e não os direitos humanos.

Payá rechaçou estas afirmações em seu comunicado de 17 de janeiro, e assinalou que "o povo de Cuba tem direito aos direitos" e para isso "luta e trabalha pacificamente a oposição" dentro e fora da ilha.

O líder do MCL disse que a carência dos cubanos é que não têm voz. Ele afirmou que por esta razão é preciso que o Governo realize um plebiscito para que o povo diga se quiser eleições livres, onde qualquer pessoa possa ser nomeada e escolhida democraticamente.

"A redação pode mudar, mas realizar este plebiscito seria um respeito à soberania de nosso povo e apoiá-lo seria o verdadeiro respeito do mundo à auto-determinação do povo cubano", afirmou.

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