VATICANO, 8 de fev de 2011 às 11:12
O secretário pessoal do Papa Bento XVI, Dom Georg Gaenswein, explicou que embora o Santo Padre promova a doação de órgãos, os seus não estão disponíveis para este processo porque pertencem à Igreja desde sua eleição à Sede de Pedro.
Assim o indicou ante o debate gerado na Alemanha sobre se o Papa é ou não um doador de órgãos, como o indicava em um documento que o descreve como tal.
Em uma mensagem com data de 5 de fevereiro, Dom Gaenswein explicou que antes de sua eleição como sucessor do João Paulo II, o Papa era um potencial doador desde os anos 70. Mas, assinalou, o cartão de doação ficou "obsoleto" quando o então Cardeal Ratzinger foi eleito Papa.
Por sua parte, o Presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Agentes Sanitários (Saúde), Arcebispo Zygmunt Zimowski, disse ao jornal italiano La Repubblica que o corpo do Papa deve permanecer intacto "porque pertence à Igreja e para a Igreja, em corpo e alma".
Entretanto, precisou, "isto não muda em nada a validez da beleza da doação de órgãos".
Em novembro de 2008 o Papa Bento XVI se dirigiu aos participantes em um congresso sobre transplantes organizado pela Pontifícia Academia para a Vida. Nessa ocasião expressou que a doação de órgãos "é um ato de amor que testemunha de maneira genuína a caridade que olha além da morte para que a vida sempre triunfe".