VATICANO, 10 de fev de 2011 às 16:55
O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, o Pe. Federico Lombardi, esclareceu esta quarta-feira que não se pode usar o iPhone para o sacramento da Confissão, pois esta "requer necessariamente a relação de diálogo pessoal entre o penitente e o confessor e a absolvição por parte do confessor presente".
A empresa Little iApps criou uma aplicação para o telefone iPhone, a tablet iPad e iPod Touch chamada "Confession". Segundo a agência EFE, é promovida como ajuda para preparar-se para o sacramento da Reconciliação com perguntas inclusive íntimas sobre atitudes e ações pessoais. Entretanto, os meios de imprensa anunciaram que com isto os fiéis poderiam confessar-se através do telefone celular.
O sacerdote esclareceu à imprensa que o diálogo pessoal entre o penitente e o confessor "não pode ser substituído de maneira nenhuma, por qualquer aplicação informática" e portanto "de maneira nenhuma pode-se falar de 'confissão por iPhone'".
Entretanto, explicou que "em um mundo no qual muitas pessoas utilizam suportes informáticos para ler e refletir -por exemplo, textos para rezar- não pode excluir-se que alguém reflita em preparação à confissão sendo ajudado por instrumentos digitais, como no passado se fazia com textos e perguntas escritas em fólios de papel, que ajudavam a examinar a própria consciência".
"Neste caso se trataria de um subsídio pastoral digital que alguém poderia encontrar como útil sabendo bem que por nada do mundo é um substitutivo do sacramento", acrescentou.
O Pe. Lombardi advertiu que "naturalmente é também importante que exista uma verdadeira utilidade pastoral e que não se trate de um negócio alimentado por uma realidade religiosa e espiritual importante como um sacramento".