O jornalista italiano Gian Franco Svidercoschi recordou que esta semana cumpre 70 anos, desde que o então jovem Karol Wojtyla sofreu a perda do seu pai, fato que o moveu interiormente de maneira decidida a optar por sua vocação sacerdotal.

Svidercoschi recordou o aniversário em seu programa da televisão da Rede italiana RAI Uno, no qual dedicou um tempo para contar uma passagem da vida de quem fora também seu amigo, o Papa João Paulo II, e sobre o qual ele escreveu vários livros.

Em 1941, o jovem Wojtyla tinha 20 anos e trabalhava em uma pedreira pouco depois de que o governo fechasse a Universidade Jagueloniana onde estudava filosofia. No dia 18 de fevereiro voltou para sua casa e viu que seu pai, também de nome Karol, tinha falecido por uma parada cardíaca.

Assim, o futuro Papa peregrino ficava "sozinho", já que sua irmã havia morrido um ano antes que ele nascesse, sua mãe quando ele era menino e seu irmão mais velho veio a falecer em 1914.

"E isto o fez mudar, ou talvez o empurrou mais fortemente para o que ele já sentia dentro de si, quer dizer, converter-se em sacerdote", disse o jornalista italiano.

Svidercoschi assinalou também que é importante recordar que estes "anos poloneses foram decisivos porque formaram este Papa, já que cada experiência que teve, cada projeto que fez, de algum modo voltaram e puderam ser vistos durante seu pontificado".

Para o jornalista, a experiência pessoal de João Paulo II ante a Segunda guerra mundial e os nazistas nos anos 40, assim como o império do comunismo na Polônia nos anos seguintes "explicam sua atenção à causa do homem".

O Pontífice polonês pôs uma forte ênfase na primeira metade de seu pontificado na defesa da democracia ante o comunismo, especialmente no bloco do Leste Europeu dominado pela União Soviética. Sua posição ante o autoritarismo é considerada de vital importância ante a queda do comunismo nesta região.

Svidercoschi disse ademais que quando Karol Wojtyla foi eleito como Arcebispo de Cracóvia (Polônia) assumiu uma "batalha" para criar novas igrejas que mostrassem a importância da relação entre a lei de Deus e a lei do homem, "quer dizer, o direito de todo ser humano a ser respeitado".

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