Em um comovente relato publicado pela agência LifeSiteNews.com, médico do Hope Hospital de Salford, Inglaterra, informaram que um bebê, atualmente de 2 anos de idade, é um dos mais pequenos  prematuros a sobreviver a várias tentativas de aborto durante o último período de gestação.

“Os médicos tentaram (acabar com o bebê) com três ou quatro medicamentos abortivos”, revelou o Dr. Paul Clarke e assegurou que o bebê venceu “todas as probabilidades”. Clarke foi um dos médicos que atenderam o bebê  durante sua permanência na unidade de cuidados intensivos do Hope Hospital em Salford. Ele é co-autor de uma notícia sobre o caso, publicado no Diário de Obstetrícia e Ginecologia.

A mãe do menino tinha 22 semanas de gestação e já tinha outro filho. Ela foi ao Departamento de Abortos do Serviço Britânico de Conselho para  a Gravidez, em Leamington Spa, Warwickshire, onde lhe administraram os abortivos. Mas, logo depois de ingeri-los e sentir o bebê se mexer, mudou de idéia.

Os abortistas a enviaram para casa logo depois de lhe aplicar as drogas. Quando começou o trabalho de parto, a mulher chegou a um hospital onde pediu aos médicos salvar o bebê. Quatro dias mais tarde, o menino nasceu com 24 semanas de gestação, pesava menos de um quilograma e respirava.

O menor precisou ser ventilado por 53 dias durante os quais sofreu infecções sangüíneas e uma doença pulmonar crônica, que ameaçaram sua vida. Clarke relatou que “o dilema de receber um telefonema e ser informado de um bebê nascido mostrando sinais de vida logo depois de uma tentativa de aborto, foi enfrentado por muitos pediatras, pois em caso de sobreviver, sabe-se bem que esses bebês muito provavelmente sofrerão doenças significativas”.

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“Esta mãe -acrescentou Clarke- enfrentou dificuldades extremas na expectativa de ver se seu bebê conseguiria sobreviver. Disseram-lhe em repetidas ocasiões que o bebê morreria. Sinto total admiração por ela”. 

Mike Robinson, co-autor da notícia e médico chefe da unidade de cuidados intensivos, disse que o caso levantou “sérios assuntos éticos” em relação a abortos no último período de gestação.

Informou que “os fetos não têm direitos perante a lei, mas uma vez nascidos, os bebês devem ser visto em termos do que for melhor para eles. Neste caso a mãe queria o menino. Mas quando uma mulher chega solicitando um aborto, deve ser consciente de que embora a gravidez termine, não necessariamente terminará a vida da criança”.

A notícia indica que as clínicas particulares não possuem o pessoal nem  equipe necessárias para ressuscitar bebês abortados que sobrevivem ao procedimento, e por isso, tendem a ignorar os sinais de vida, deixando-os morrer.