Roma, 3 de mar de 2011 às 07:55
O Presidente do Chile, Sebastián Piñera, assinalou que os direitos humanos devem ser tutelados para obter o desenvolvimento humano integral, de maneira especial o direito à vida desde a concepção até a morte natural.
Em um artigo publicado no jornal vaticano L'Osservatore este Romano no dia de ontem, 2 de março, o mandatário assinala que "o desenvolvimento sempre foi um objetivo central da humanidade e constitui uma meta prioritária para as nações, os governos e a comunidade internacional".
"Na (encíclica) Caritas in veritate, Bento XVI aprofunda e se concentra no conceito e na necessidade de um desenvolvimento integral, postulado pela Doutrina Social da Igreja", prossegue.
Deste modo recordou alguns dos desafios do terremoto de 27 de fevereiro de 2010 no Chile e recordou que no caminho ao desenvolvimento "à Igreja e à sociedade civil compete uma participação ativa".
O mandatário rememorou também a grande solidariedade que uniu seu país durante os quase três meses nos que 33 mineiros estiveram soterrados em uma mina no deserto de Atacama e que foram finalmente resgatados, sãs e salvos: "Chile se uniu como uma grande família, superando as diferenças, disposto a fazer todos os esforços necessários para encontrar e resgatar os mineiros".
"Sabemos que pudemos contar, e podemos seguir contando, com as orações do Papa e de milhões de homens e mulheres de boa vontade em todo mundo".
Sobre o desenvolvimento disse que é necessário que este se dê "em sua dimensão material e espiritual" e disse que exige uma série de medidas como a busca do bem comum, e a defesa dos "direitos inalienáveis da pessoa humana em todo momento, lugar e circunstância, favorecendo um humanismo transcendente".
É vital, prossegue, "para nossa democracia proteger os direitos humanos. Especialmente o direito à vida, desde a concepção até a morte natural".
No último 25 de fevereiro, o Chile recebeu o prêmio International Protect Life Award (ao amparo internacional da vida) por ser o país com a taxa de mortalidade materna mais baixa na América Latina, com o que demonstra que o aborto -à diferença do que dizem seus promotores- não contribui em nada a diminuir o número de mortes entre as mães já que esta prática é ilegal nesta nação sul-americana.
Perto de 30 representantes de organizações pró-vida que trabalham ante a Organização de Nações Unidas (ONU) outorgaram o galardão no marco da 55ª sessão da Comissão da Condição Jurídica e Social da Mulher (CSW 2011) que se realiza em Nova Iorque entre em 22 de Fevereiro e 4 de Março.
Sobre este prêmio e em declarações à agência ACI Prensa no dia 28 de fevereiro, o porta-voz dos líderes pró-vida, Dan Zeidler, assinalou que "será preciso destacar que o Chile não tem o aborto legalizado em nenhum caso. O Chile respeita a vida tanto da mulher como da criança, os dois são iguais perante a lei".
"No nível internacional é necessário destacar este bom exemplo do Chile para outros países", concluiu.