REDAÇÃO CENTRAL, 9 de mar de 2011 às 15:46
Em um comunicado difundido este 8 de março, o Arcebispo de Barcelona (Espanha), Cardeal Lluís Martínez Sistach, chamou o Pe. Manel Pousa "para falar pessoalmente" sobre o conteúdo de um livro recentemente publicado, no qual o sacerdote se manifesta partidário do celibato "voluntário" e o sacerdócio feminino, e diz ter "abençoado" uniões civis de presos homossexuais.
No último 28 de fevereiro saiu à venda o livro "Padre Manel. Mais perto da terra que do céu", que aborda a vida do controvertido sacerdote espanhol Manel Pousa, quem declarou à imprensa de seu país o 2008 que pagou por abortos.
Isto, segundo o Pe. Pousa, quem se declara "antiabortista", somente lhe custou uma "advertência" por parte do Arcebispo de Barcelona.
O livro, segundo seu autor, Francesc Buxeda, pretende ressaltar o trabalho do sacerdote nos cárceres da Catalunha (Espanha) e sua ajuda às crianças dos bairros pobres de Barcelona.
A agência ACI Prensa em espanhol se comunicou com o departamento de Imprensa do Arcebispado de Barcelona este 8 de março, obtendo como resposta de um porta-voz que "enviamos uma nota de imprensa este meio-dia e dizia isto simplesmente, que (o Cardeal) vai falar com ele e tomar decisões oportunas, mas pelo momento não há nada mais sobre isto".
A íntegra da nota de imprensa difundida na manhã de 8 de março pelo Arcebispado de Barcelona diz, exatamente, o seguinte: "Diante da publicação, no último 28 de fevereiro, do livro 'Pare Manel, més a prop da terra que do cel', o cardeal arcebispo de Barcelona, D. Lluís Martínez Sistach, chamou ao Mn. Manel Pousa para falar pessoalmente com ele sobre diversos conteúdos deste livro e tomar as oportunas decisões".
O porta-voz disse também à ACI Prensa que "no Arcebispado foi recebido o livro do Pe. Manuel e estamos à espera que o senhor Cardeal fale com o Pe. Manuel e logo tome as decisões oportunas, é o único o que diz esta nota, não há nada mais, oficial nem de nenhum tipo".
Ao ser consultado se o Cardeal eventualmente aprofundaria no tema, o porta-voz da Arquidiocese assinalou: "eu acredito que não, mas não sei, essas coisas costumam ser discretas. Mas claro, este livro pode ser lido por qualquer um e qualquer um coloca o que coloca. Seguramente se reunirão, intercambiarão opiniões e logo não sei, talvez haja uma nota um pouco mais extensa sobre algum ponto, pois na verdade não sei".