O Provincial dos Carmelitas Descalços no Líbano, Pe. Raymond Abdo, pediu ajuda para os cristãos para que eles não se vejam forçados a abandonar o Meio Oriente, porque é necessário que eles dêem testemunho da fé nesta parte do mundo.

Em declarações difundidas esta terça-feira pela associação católica internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), o sacerdote disse que é difícil convencer os cristãos a permanecer no Oriente Próximo, pelo perigo e porque não vêem um futuro para suas famílias. O Pe. Abdo assinalou que com seu exemplo quer testemunhar que "é possível ficar" nesta região.

Ele recordou que os primeiros missionários que anunciaram o Evangelho morreram pelas mãos dos pagãos e, portanto, forma parte do cristianismo "anunciar o Evangelho com a própria vida".

"Pode-se sofrer e podem ter dificuldades, mas quando as pessoas estão unidas a Cristo, dá-se testemunho Dele e se infunde esperança nos demais. Nós também infundimos esperança nos muçulmanos e em outras comunidades, porque sem nós não teriam a oportunidade de conhecer Cristo", afirmou, ao indicar que a ordem dos Carmelitas se esforça por motivar os fiéis a criarem empregos e a permanecer no Líbano.

O sacerdote alertou que desde o Irã e os países do Golfo chega dinheiro de pessoas interessadas em comprar os terrenos dos cristãos. Conforme informou a AIS, o Pe. Abdo disse que isto deverá ser evitado.

Entretanto, explicou que há sinais de esperança porque a sociedade libanesa é tolerante, e nas escolas e universidades católicas existe um bom diálogo com os muçulmanos.

Há 40 anos, Líbano era o único país do Oriente Próximo com uma maioria cristã de 70 por cento; em troca, na atualidade, os cristãos só representam apenas o 45% da população.

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