MANILA, 29 de mar de 2011 às 12:20
A Câmara de Representantes das Filipinas acaba de rechaçar a controvertida lei de saúde reprodutiva, que promovia a difusão massiva de anticoncepcionais e da pílula abortiva do dia seguinte.
Este projeto também estabelecia que o tamanho ideal de uma família é de dois filhos. Para consegui-lo, a medida legislativa contemplava a criação de um escritório demográfico local em cada município.
Conforme informa ChristianNewsWire, esta polêmica normatiza -rechaçada desde sua apresentação pelos Bispos das Filipinas por sua perspectiva anti-vida - era apoiada por diversas ONGs ocidentais que queriam passá-la durante o "Mês Nacional das Mulheres".
De acordo às normas filipinas, este projeto poderia apresentar-se novamente na seguinte sessão que começa em maio.
Sobre este rechaço à lei de saúde reprodutiva, o diretor nas Filipinas do Human Life International, Rene Bullecer, assinalou que "todas as ONGs enriquecidas que viram isto (o "Mês Nacional das Mulheres") como sua melhor oportunidade para aprová-la, estão desalentadas por não terem uma maioria neste país pró-vida e pró-família".
"Gastaram centenas de milhões de dólares, mas não foram capazes de derrotar o poder da verdade e da oração. Entretanto, sabemos que não se darão por vencidos e que seus bolsos não têm fim, por isso agora temos muito a fazer antes que comece a seguinte sessão".
Por sua parte, o diretor interino da HLI, Dom Ignacio Barreiro-Carámbula, assinalou a respeito que "a arrogância das elites estéreis ocidentais buscando dizer aos filipinos como serem 'pais responsáveis' é verdadeiramente surpreendente".
"Mas os cristãos estão unidos contra a lei. A Igreja Católica aprecia a forte liderança dos bispos e sacerdotes. Percebem o que significa esta ameaça mortal da lei de saúde reprodutiva para suas famílias. Quanto mais a gente sabe no que consiste, mais oposta se mostra".
Finalmente disse que "definitivamente esta é uma vitória para a vida e a família, mas é apenas temporal, não é o fim da guerra. Nós seguiremos trabalhando contra este projeto destrutivo".
Dias atrás, o Arcebispo de Manila, Cardeal Gaudencio Rosales, tinha afirmado que "esta lei é uma ameaça à vida porque a vida já está aí no ventre materno. O uso de anticoncepcionais ameaça uma vida que já começou. A Igreja de Filipinas, igual à cultura filipina, está a favor da vida humana e da família, acima de qualquer outra coisa".
"Qualquer um que conheça a cultura de nosso país assim como a cultura cristã nas Filipinas poderá dizer que a família é um dos setores mais importantes na sociedade e qualquer ataque contra ela vai ter a resposta da Igreja. Há coisas que não são negociáveis quando falamos de família", afirmou.