O Arcebispo de Lima e Primaz do Peru, Cardeal Juan Luis Cipriani Thorne, assinalou que as pesquisadoras não devem ser protagonistas nas eleições presidenciais do domingo 10 de abril já que a responsabilidade de escolher o futuro presidente da República é pessoal.

Em seu programa sabatino Diálogos de Fé, emitido desde Roma onde se encontra participando da reunião plenária da Pontifícia Comissão para a América Latina, o Cardeal Cipriani alentou a não deixar que "uma cifra e umas estatísticas vão canonizando a alguns candidatos ou descartando outros".

"O povo é soberano e a responsabilidade é pessoal. Daqui convido a todos a refletirem bem sobre o futuro do Peru", exortou o Primaz peruano às vésperas do debate presidencial realizado ontem entre os cinco candidatos com maiores possibilidades de ser escolhidos.
O Arcebispo também disse que "é preciso recordar que cada um dos candidatos formulou um plano de governo, portanto, o razoável é que se atue e respeite o que prepararam como propostas para que o povo possa estudar seus planos de trabalho. Não é tão aceitável que os planos de governo sejam simplesmente um papel e logo seja uma venda de propostas e ofertas".

"Haverá discrepâncias e mudanças de opiniões, mas sejamos muito honestos em observar os planos de governo, onde devem estar muito presente a luta contra a corrupção e a luta por obter que as ajudas sociais não sejam apenas ofertas e presentes atrativos", continuou.

O Cardeal também se referiu às reuniões que sustentou com alguns dos candidatos presidenciais em dias passados e ressaltou que nelas conversaram sobre temas fundamentais para a Igreja e "que interessam o povo peruano, como o rechaço ao aborto, a defesa da família e do matrimônio entre um homem e uma mulher".

É preciso "que os planos de governo sejam viáveis e uma ajuda ao que é fundamente: a família como centro de uma política social, o matrimônio como o lugar central da organização de uma sociedade; e um rechaço ao aborto como um homicídio", disse.

Sobre a posição que assumem os candidatos diante destes temas fundamentais, o Cardeal assinalou que "a educação em valores morais tem que ser muito mais que uma propaganda".

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