Vaticano, 9 de abr de 2011 às 13:44
O Escritório de Imprensa da Santa Sé anunciou hoje que entre os dias 11 e 13 de abril se reunirá no Vaticano a Comissão que o Papa Bento XVI instituiu em 2007 para estudar os assuntos relativos à vida da Igreja Católica na China.
O comunicado assinala que nesta Comissão participam diversas autoridades da Cúria Vaticana, alguns representantes dos bispos da China e de diversas congregações religiosas.
A primeira reunião plenária, desenvolvida entre o dia 10 e 12 de março de 2008, teve como tema a Carta que o Papa Bento XVI escreveu aos católicos da China no dia 27 de maio de 2007, que ainda é desconhecido por um amplo setor dos fiéis do país devido às restrições do governo para sua difusão.
Em seguida o comunicado recorda que nas duas reuniões seguintes -realizadas em março-abril de 2009 e em março de 2010- tratou-se "o tema da formação humana, intelectual, espiritual e pastoral dos seminaristas e das pessoas consagradas, assim como o tema da formação permanente dos sacerdotes".
Na reunião plenária de nos próximos dias se revisará a situação pastoral das circunscrições eclesiásticas na China, conclui o texto, "com uma particular referência aos desafios que a Igreja encontra ao encarnar o Evangelho nas atuais condicione sociais e culturais".
Nos últimos dias, a ordenação de um Bispo com a aprovação da Santa Sé e do governo chinês permitiu uma aproximação após as tensões geradas pelo regime comunista que ao final do ano passado decidiu a ordenação de outro Prelado sem autorização do Vaticano, e depois de ter convocado a uma assembléia católica paralela no princípio deste ano à qual vários bispos e sacerdotes foram obrigados a comparecer.
A China permite o culto católico unicamente dentro da Associação Patriótica Católica Chinesa, subordinada ao Partido Comunista Chinês, e rejeita a autoridade do Vaticano. A Igreja Católica, fiel ao Papa e clandestina na China, é perseguida permanentemente.
As relações diplomáticas entre a China e o Vaticano foram interrompidas em 1951, dois anos depois da chegada ao poder dos comunistas que expulsaram os clérigos estrangeiros.