BUENOS AIRES, 18 de fev de 2005 às 13:47
Logo depois das declarações do Ministro de Saúde sobre sua postura favorável quanto à legalização do aborto e com o tema em voga, o Bispo de Rafaela, Dom. Carlos María Franzini, declarou que “o aborto é matar uma pessoa humana vivente”, em uma entrevista concedida ao jornal argentino La Opinión.
O Prelado indicou que acredita que a posição da Igreja é conhecida, pública e notória: “não tenho muito que adicionar, simplesmente, nós consideramos, pura e simplesmente que o aborto é matar a uma pessoa humana vivente e portanto acreditamos que é um assassinato e como tal não nos parece mal que seja penalizado”.
"Este é um tema muito complexo porque entram muitos elementos em jogo e me parece que faz falta uma análise serena, e sobretudo evitando deixar-se levar por preconceitos ou que rotulam e desqualificam posições”, acrescentou Dom. Franzini. O Bispo reafirmou o compromisso de toda a Igreja quanto à defesa da vida desde a concepção até a morte natural, “não só a Igreja está em favor da criança desnutrida e trabalha a favor dele, não só está a favor do doente e procura ajudá-lo, não só está a favor do idoso para que tenha uma vida digna, mas está também a favor da criança por nascer e por isso considera o aborto um crime".
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O Prelado assinalou que neste tema não entra um juízo de valor sobre pessoas concretas que “em uma situação desgraçada tenham que recorrer ao aborto” e acrescentou que “possivelmente poucos como os sacerdotes sejam testemunhas das feridas incuráveis que deixa no coração de uma pessoa ter cometido um aborto”.
Dom. Franzini também referiu que "Boa parte das pessoas que são a favor da legalização do aborto, o fazem a partir de uma convicção, que diria, antes que científica, filosófica, porque se trata não de uma pessoa humana mas sim de um simples conjunto de células, alguns falam 'isto é parte da mulher'” e acrescentou que “a Igreja acredita, com fundados elementos filosóficos e científicos que no primeiro instante da conceição há vida, e vida humana, portanto se isto não é compartilhado, logicamente as conseqüências disto serão diversas".