VATICANO, 18 de fev de 2005 às 14:37
O prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Francis Arinze, declarou que não devem ser admitidos para receber a Comunhão nem os políticos Pró-aborto nem os ativistas homossexuais.
Em uma recente entrevista televisionada pela EWTN, o Cardeal nigeriano abordou diversos assuntos, entre eles a Missa em Latim, o aborto e o Movimento Homossexual “Rainbow Sash”.
À pergunta sobre se a um político católico que apóia abertamente o aborto poderá receber a Comunhão publicamente, o Cardeal respondeu: “A resposta é muito clara. Diante de uma pessoa que afirma estar a favor de assassinar bebês não nascidos, e está disposto a continuar fazendo isso no futuro, e em seguida solicita a Santa Comunhão...por acaso é preciso uma resposta de um Cardeal do Vaticano?...Bastaria perguntar às crianças que se preparam para a Primeira Comunhão. Eles sabem a resposta.”
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A situação é similar em relação aos ativistas homossexuais. O entrevistador anotou que enquanto alguns bispos americanos negaram a comunhão a estes ativistas, outros não o têm feito, como é o caso do Arcebispo de Minneapolis-St. Paul, Dom. Harry Flynn, que recentemente logo depois de uma reunião com o Cardeal Arinze, manifestou que o Vaticano estaria aberto a permitir-lhes a Comunhão. “É certo isto?” –perguntou o entrevistador.
O Cardeal Arinze respondeu: “Não. Vejamos e esclareçamos o assunto. Estas pessoas estão manifestando abertamente ´Somos homossexuais, queremos continuar como tais e queremos receber a Comunhão´. Então surge a pergunta; o Catecismo da Igreja Católica responde que não se pode condenar a uma pessoa por ter uma tendência homossexual, e não os condenamos. Mas uma pessoa se condena quando a pratica. É diferente portanto, uma pessoa que só tem uma tendência e se esforça por viver de acordo à Lei de Deus. É preciso respeitar à pessoa, mas é necessário ser claros com a Verdade”. Acrescentou que “a Igreja nunca aceitou a homossexualidade como algo normal. Nas Escrituras está muito claro. Então o que é o que estamos examinando aqui? Acaso queremos mudar a Lei de Deus, a maneira como Deus nos tem feito?”
Em uma anterior nota explicativa sobre o tema, o Cardeal já tinha declarado que os ativistas homossexuais “estão manifestando abertamente sua oposição ao ensino da Igreja sobre um assunto importante da lei natural, e assim desqualificam a si mesmos para receber a Sagrada Comunhão”.