MEXICO D.F., 26 de abr de 2011 às 13:00
A Conferência do Episcopado Mexicano (CEM), condenou "a irrupção violenta e profanação" da Catedral do México ocorrida no domingo 24 de abril, quando sete pessoas ingressaram durante a Missa para lançar afrontas contra a Igreja e quebrar uma imagem da Virgem de Guadalupe.
Antes de iniciar a leitura do Evangelho, Hortencia Jiménez Ojeda, María Madalena Orta López, Dinora Álvarez Rendón, Lorena López, Isabel López Chávez, Angelina García, e José Francisco Ávila García, ingressaram na catedral para lançar ordens com um megafone na mão também contra o Arcebispo do México, Cardeal Norberto Rivera. Entretanto, foram detidos pela segurança do templo e denunciados ante o Ministério Público.
O Secretário Geral da CEM, Dom Víctor Rodríguez Gómez, publicou esta segunda-feira um comunicado que expressou a comunhão e solidariedade dos bispos com o Cardeal Rivera, e a reprovação "por tão lamentáveis acontecimentos".
Os bispos disseram que "preocupa a freqüência com a que se estão repetindo estes deploráveis fatos", principalmente a catedral, que já sofreu até o momento 29 profanações.
O comunicado advertiu que este fato atenta contra a fé da maioria de mexicanos e agrava "o clima de incerteza, violência e insegurança que flagela o nosso México, sem procurar até agora medidas eficazes de parte das autoridades para prevenir estes eventos".
"A ambigüidade das leis que prevalecem no Estado Mexicano e a falta de uma plena liberdade religiosa continuam criando as condições propícias para a intolerância, para a livre expressão das idéias dos ministros de culto e por conseguinte, o demarcação às expressões de fé em público ou privado, limitando com isto o direito humano mais fundamental que é a manifestação da fé", expressaram.
Agressores foram liberados
Na segunda-feira, o procurador geral de Justiça da capital mexicana, Miguel Angel Mancera, informou que estas sete pessoas foram liberadas porque não foi possível configurar os delitos de dano em propriedade alheia e invasão de moradia.
Segundo Mancera, os sete agressores disseram pertencer a uma congregação religiosa chamada a Casa de Deus-que não conta com registro na Secretaria do Governo- e que não simpatizam com nenhum partido político.