A Conferência do Episcopado Mexicano (CEM), condenou "a irrupção violenta e profanação" da Catedral do México ocorrida no domingo 24 de abril, quando sete pessoas ingressaram durante a Missa para lançar afrontas contra a Igreja e quebrar uma imagem da Virgem de Guadalupe.

Antes de iniciar a leitura do Evangelho, Hortencia Jiménez Ojeda, María Madalena Orta López, Dinora Álvarez Rendón, Lorena López, Isabel López Chávez, Angelina García, e José Francisco Ávila García, ingressaram na catedral para lançar ordens com um megafone na mão também contra o Arcebispo do México, Cardeal Norberto Rivera. Entretanto, foram detidos pela segurança do templo e denunciados ante o Ministério Público.

O Secretário Geral da CEM, Dom Víctor Rodríguez Gómez, publicou esta segunda-feira um comunicado que expressou a comunhão e solidariedade dos bispos com o Cardeal Rivera, e a reprovação "por tão lamentáveis acontecimentos".

Os bispos disseram que "preocupa a freqüência com a que se estão repetindo estes deploráveis fatos", principalmente a catedral, que já sofreu até o momento 29 profanações.

O comunicado advertiu que este fato atenta contra a fé da maioria de mexicanos e agrava "o clima de incerteza, violência e insegurança que flagela o nosso México, sem procurar até agora medidas eficazes de parte das autoridades para prevenir estes eventos".

"A ambigüidade das leis que prevalecem no Estado Mexicano e a falta de uma plena liberdade religiosa continuam criando as condições propícias para a intolerância, para a livre expressão das idéias dos ministros de culto e por conseguinte, o demarcação às expressões de fé em público ou privado, limitando com isto o direito humano mais fundamental que é a manifestação da fé", expressaram.
Agressores foram liberados

Na segunda-feira, o procurador geral de Justiça da capital mexicana, Miguel Angel Mancera, informou que estas sete pessoas foram liberadas porque não foi possível configurar os delitos de dano em propriedade alheia e invasão de moradia.

Segundo Mancera, os sete agressores disseram pertencer a uma congregação religiosa chamada a Casa de Deus-que não conta com registro na Secretaria do Governo- e que não simpatizam com nenhum partido político.

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