Vaticano, 30 de abr de 2011 às 15:27
O Prefeito Emérito da Congregação para a Causa dos Santos, Cardeal José Saraiva Martins, explicou em entrevista com a ACI Prensa que para o processo de canonização do Papa João Paulo II, "é necessário que aconteça outro milagre depois da beatificação" que se celebra este domingo 1 de maio.
O Cardeal Martins, quem foi durante anos Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos no Vaticano, indicou que se pode dizer que o processo de canonização "não foi iniciado simplesmente porque ainda não existe tal processo". "O importante é que aconteça um milagre depois da beatificação", acrescentou.
A ex-autoridade vaticana assinalou neste sábado 30 de abril que depois de amanhã, domingo 1º de maio, se houver outro milagre atribuído ao Papa se procederá à investigação correspondente, e só então "deverá ser aprovado como tal por uma consulta médica, por um grupo de médicos, logo por teólogos, e depois pelos cardeais membros do dicastério (a Congregação para as Causas dos Santos)".
O Cardeal Saraiva disse também à ACI Prensa em espanhol que a história da religiosa francesa completamente curada graças a João Paulo II, Marie Simon Pierre, "inicia de uma enfermidade de Parkinson cuja cura os médicos encontraram inexplicável cientificamente à luz da medicina atual pelo modo em que se curou, já que certas enfermidades podem ser sanadas com o tempo, mas outra coisa é o modo no que foram sanadas".
O Cardeal comentou que isso se deu no caso da religiosa francesa, cuja cura se deu "instantaneamente depois da prece feita ao candidato à beatificação".
Depois de recordar sua proximidade com João Paulo II em seus anos de serviço, o Cardeal Saraiva disse que embora o Papa peregrino não tenha sido canonizado, pode-se dizer que "era realmente uma pessoa Santa no sentido mais autêntico da palavra, entendendo bem o sentido da santidade, e o que significa ser santo".
Na sua opinião, a beatificação de João Paulo II "será um grande evento, um evento histórico, não somente para a Igreja, Polônia ou Roma,mas para todo mundo. Ele era um Papa amado por todos, crentes e não crentes".