Marginalização de aula de religião responde a interesses políticos

MADRI, 18 de fev de 2005 às 16:11

A Federação Espanhola de Religiosos do Ensino e Titulares de Centros Católicos (FERE-CECA), denunciou que o Governo marginaliza a disciplina de religião de maneira efetiva para favorecer “interesses políticos e ideológicos”.

O editorial do último número da revista FERE, qualifica de “despropósito” a política educativa do Executivo e afirma que o Relatório Pisa  2003 da OCDE põe o dedo “na autêntica chaga” da educação espanhola, “que não é outra que a do fracasso”.

O texto denuncia “a falta de vontade” do Governo para chegar a um acordo e assinala que em vez de tomar medidas adequadas, cria “artificialmente” problemas não educativos, como o enfrentamento entre as duas redes (pública-particular), e a marginalização da formação religiosa ou os recortes na liberdade de ensino.

A instituição adverte que a falta de consenso para obter um acordo educativo e a “louca dinâmica de reformas e contra-reformas”, fazem ver que o dano “pode ser irreparável”.