COLÔNIA, 8 de mai de 2011 às 12:36
O Arcebispo de Colônia (Alemanha), Cardeal Joachim Meisner, decidiu retirar a licença de ensino do teólogo gay David Berger, quem pública e reiteradamente expressou sua oposição à doutrina católica sobre a homossexualidade.
Em um recente comunicado publicado pela Arquidiocese sobre o caso, destaca-se que o Cardeal decidiu retirar a Berger a "missio canonica", quer dizer, a licença para ensinar religião católica em escolas.
O texto indica ademais que o Cardeal se "viu obrigado a dar este passo porque o Dr. Berger, através de suas publicações e pronunciamentos em meios de comunicação estabelece que não está de acordo com a doutrina e as normas morais e jurídicas da Igreja".
Com esta atitude, Berger de 43 anos de idade, "destruiu a essencial confiança para a missão de evangelizar e por isso o Bispo considera que não pode ser digno de crédito quanto à instrução religiosa da Igreja Católica. Por isso, o retiro da licença para ensinar a doutrina da Igreja é inevitável".
O Arcebispo tomou esta decisão apoiado no Código de Direito Canônico e nas demais normas complementares da Igreja.
Sobre David Berger, o jornal francês La Croix recorda que no ano 2010 foi separado pela Academia Pontifícia de Santo Tomás de Aquino devido a um artigo que publicou no jornal alemão Frankfurter Rundschau, no qual "deplorava uma atitude ‘limitada’ da Igreja para com os homossexuais".
Além disso, Berger escreveu o livro titulado Der heilige Schein (A Santa Aparição) "no que critica abertamente a doutrina da Igreja".
O ensinamento da Igreja sobre a Homossexualidade
O ensinamento católico em relação à homossexualidade está resumida em três artigos do Catecismo da Igreja Católica; 2357, 2358 e 2359. Nestes artigos a Igreja ensina que:
Os homossexuais "devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta".
A homossexualidade, como tendência é "objetivamente desordenada", que "constitui para a maioria deles (os homossexuais) uma autêntica prova".
Apoiado na Sagrada Escritura "a Tradição declarou sempre que "os atos homossexuais são intrinsecamente desordenados", "não procedem de uma verdadeira complementaridade afetiva e sexual" e portanto "não podem receber aprovação em nenhum caso".
"As pessoas homossexuais estão chamadas à castidade" e "mediante o apoio de uma amizade desinteressada, da oração e a graça sacramental, podem e devem aproximar-se gradual e resolutamente à perfeição cristã".