CAIRO, 9 de mai de 2011 às 17:50
Pelo menos 12 pessoas morreram e 238 resultaram feridas no contexto dos enfrentamentos entre muçulmanos e cristãos produzidos no sábado no distrito de Imbaba, no Cairo (Egito), segundo o último balanço divulgado pelos meios oficiais.
Devido à violência religiosa, centenas de egípcios se concentraram este domingo em frente à sede da televisão estatal para exigir a demissão de M. Mohamed Husein Tantawi, líder do conselho militar que governa o país do derrocado presidente Hosni Mubarak.
Um grupo de muçulmanos saiu ao seu encontro para acalmar os manifestantes, em sua maioria jovens cristãos. Entretanto, ambos os grupos começaram a lançar pedras mutuamente, em um novo enfrentamento que se terminou com 42 feridos.
Embora este choque tenha sido controlado em poucas horas, centenas de manifestantes ocupavam ainda as ruas nas primeiras horas da noite. Ante a possibilidade de que se produzam novos incidentes, as forças de segurança situaram várias patrulhas em igrejas de Imbaba, conforme afirmam algumas testemunhas.
"As concentrações ao redor dos templos de culto serão proibidas para garantir a segurança dos residentes e acautelar a violência sectária", afirmou o ministro da Justiça interino, Mohamed el Guindy, através de um comunicado divulgado pela televisão estatal.
Os enfrentamentos começaram depois de que 500 de muçulmanos se concentrassem em torno da igreja cristã copta de Santa Maria e Santa Mina, em Imbaba. O propósito dos muçulmanos era levar uma mulher que supostamente se converteu ao Islã e que, segundo eles, teria sido retida neste templo contra sua vontade.