MANILA, 12 de mai de 2011 às 15:20
Os bispos das Filipinas assinalaram que não vêem "nenhuma razão para continuar um estudo ou diálogo sobre o projeto de lei 4244 (de Saúde Reprodutiva) com o governo", pois o presidente do país, Benigno Aquino, declarou pública e repetidamente sua vontade de concretizar a proposta legislativa abortista.
Os bispos indicaram que o projeto de lei 4244 tem boas disposições como a construção de hospitais, centros de saúde materno-infantis, entre outros. Entretanto, estes bons planos estão "entretecidos, empacotados, com as más disposições".
Estas más disposições segundo a Conferência de Bispos Católicos de Filipinas, incluem "promover e legalizar anticoncepcionais como formas de controle populacional", incluindo "pílulas, aparelhos com efeitos abortivos, procedimentos de esterilização, etc.".
"Filipinas não necessita este projeto de lei", sublinharam os bispos, pois "todas as boas disposições que contém já estão ordenadas pela Constituição e já estão nos programas dos organismos governamentais competentes".
Por sua parte Dom Ignacio Barreiro-Carambula, presidente interino do Human Life International, a maior organização de defesa da vida do mundo, expressou sua felicitação aos bispos filipinos por "sua declaração valente da verdade. Qualquer observador independente pode ver a imensa distância entre a verdade e a insustentável posição de quem apóia este projeto de lei".
"Os católicos não podem comprometer os ensinos de Deus sobre o amparo da vida humana. Estamos defendendo valores não negociáveis" afirmou Dom Barreiro-Carambula.
"Este projeto de lei fundamentalmente falta com o respeito aos ensinamentos de Deus sobre a dignidade humana e o respeito e a proteção da vida humana", afirmou o Prelado.
Dom Barreiro-Carambula também expressou sua preocupação que o governo filipino "tente passar este projeto de lei através do Congresso de uma maneira ditatorial".