Roma, 13 de mai de 2011 às 16:48
O Prefeito Emérito da Congregação para as Causas dos Santos no Vaticano, Cardeal José Saraiva Martins, recordou em entrevista concedida à agência do grupo ACI em espanhol, a ACI Prensa, que a Virgem de Fátima, que a Igreja celebra hoje, foi quem salvou o Papa João Paulo II no atentado que sofreu há 30 anos na Praça de São Pedro no dia 13 de maio de 1981.
"Todos recordamos com grande dor o dia 13 de maio de 1981, foi vivido com um grande sentimento de dor, mas também com um grande sentimento de gratidão à Virgem de Fátima que salvou a vida de João Paulo II, ele estava totalmente convencido de que não morreu aquele dia graças à proteção da Virgem de Fátima", assegurou.
O Cardeal disse também à ACI Prensa que o Beato João Paulo II costumava dizer "a Virgem de Fátima desviou a bala que devia me ferir".
Por isso, em 1982, "um ano depois, no aniversário do atentado, o Papa viajou a Fátima para dar a graças (à Virgem) por ter salvado a sua vida e para oferecer-lhe aquela bala que devia tê-lo levado à morte".
Sobre a data da beatificação de João Paulo II, o Cardeal assinalou: "parece lógico, que a beatificação se produza no mês de maio mas por que no 1º de maio? Eu digo que a beatificação de João Paulo II tinha que ter lugar no dia do trabalhador porque João Paulo II antes de abraçar a carreira eclesiástica foi um operário na pedreira".
"A festividade de 1º de maio não foi só a beatificação de um Papa, mas sim de um operário e por isso o Dia do Trabalho (e de São José Operário) era o dia mais indicado para a beatificação do Papa Wojtyla, porque ele foi um grande trabalhador, um grande operário".
O Cardeal afirmou também na entrevista com a ACI Prensa que "é muito importante celebrar a fé da Virgem de Fátima e também recordar e viver aquelas importantes mensagens que esta Virgem branca trouxe não só a Portugal, mas a todo mundo".
"A Virgem é nossa mãe, que veio a Fátima para nos recordar alguns pontos do Evangelho muito importantes", acrescentou.
O Prefeito Emérito comentou que celebra esta festa com muito carinho, que reúne cada ano em seu santuário em Portugal entre 500 000 e 600 000 fiéis, porque "dizem que Fátima é o altar do mundo, mas eu digo que também é a cátedra do mundo, porque a Virgem ensinou e continua ensinando muitas verdades".