Ao presidir a oração do Regina Caeli que no tempo da Páscoa substitui o Ângelus habitual, o Papa Bento XVI disse hoje que todos os católicos devem assumir o compromisso do cuidado e da promoção das vocações à vida sacerdotal e à vida consagrada, no dia em que se celebra a Jornada Mundial de oração pelas vocações.

Ante os milhares de fiéis presentes na Praça de São Pedro, o Papa disse em espanhol que "neste quarto domingo de Páscoa, chamado ‘do Bom Pastor’, celebramos a Jornada mundial de oração pelas vocações. Convido a todos assumir o compromisso na promoção e cuidado das vocações, a alentar e sustentar os que mostram indícios de uma chamada à vida sacerdotal ou à vida consagrada".

Por isso alentou a rezar "ao ‘Senhor da colheita’, que conceda à sua Igreja numerosas e santas vocações. Confiemos igualmente ao maternal amparo de Maria, a Virgem, todos aqueles que responderam ao chamado de Deus em suas vidas".

Em suas palavras em italiano antes do Regina Caeli, o Santo Padre se referiu ao Evangelho de São João da liturgia da Missa de hoje e explicou que a relação que existe entre Cristo, o Bom Pastor, e os fiéis "é tão estreito que ninguém poderá arrebatar as ovelhas de suas mãos".

As ovelhas, que representam todos os fiéis, "estão unidas a Ele por um vínculo de amor e de recíproco conhecimento, que garante a eles o dom incomensurável da vida eterna. Ao mesmo tempo, a atitude do rebanho para com o Bom Pastor, Cristo, é apresentada pelo Evangelista com dois verbos específicos: escutar e seguir".

"Estes termos designam as características fundamentais daqueles que vivem o discipulado do Senhor. Antes de tudo, a escuta da sua Palavra, da qual nasce e se alimenta a fé. Somente quem é atento à voz do Senhor é capaz de avaliar as decisões corretas em sua própria consciência para agir de acordo com Deus".

"Da escuta deriva, assim, o seguir Jesus: se age como discípulos depois de ter escutado e acolhido interiormente os ensinamentos do Mestre, para viver cotidianamente", afirmou.

Bento XVI pediu logo que se reze por todos os pastores da Igreja, os bispos e os sacerdotes, "incluindo o bispo de Roma! - pelos párocos, por todos aqueles que possuem a responsabilidade de guiar o rebanho de Cristo, de modo que sejam fiéis e prudentes no cumprimento de seus ministérios".

O Papa recordou também que há 70 anos o venerável Pio XII instituiu a Pontifícia Obra pelas Vocações Sacerdotais. "A feliz intuição do meu predecessor se fundava na convicção que as vocações crescem e amadurecem nas igrejas particulares, facilitadas pelos contextos familiares sadios e reforçadas pelo espírito de fé, de caridade e de piedade".  

«Na mensagem enviada para esta Jornada Mundial destaquei que uma vocação se cumpri quando sai “da própria vontade fechada e da própria ideia de autorrealização para imergir-se numa outra vontade, aquela de Deus, deixando-nos guiar nos essa”», afirmou.
"Também neste tempo, no qual a voz do Senhor está susceptível a ser submersa em meio a tantas outras vozes, cada comunidade eclesial é chamada a promover e cuidar das vocações ao sacerdócio e à vida consagrada. Os homens, de fato, têm sempre necessidade de Deus, também no nosso mundo tecnológico, e terão sempre necessidade de pastores que anunciam Sua Palavra e necessidade de encontrar o Senhor nos Sacramentos".

Finalmente Bento XVI alentou os fiéis a rezarem a Maria "mãe de cada vocação, para que com sua intercessão sejam inspiradas e sustentadas numerosas e santas vocações a serviço da Igreja e do mundo".

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