LONDRES, 18 de mai de 2011 às 12:46
O Diretor da organização internacional católica Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), Neville Kyrke-Smith, assinalou que o governo deve considerar o respeito aos direitos humanos, entre os quais está a liberdade religiosa, como critério para decidir a quem prestar ajuda econômica no exterior.
As declarações de Kyrke-Smith sucedem logo que o Secretário de Defesa do Reino Unido, Dr. Liam Fox, tivesse feito uma proposta para que 0,7 por cento do produto bruto interno fosse dedicado à ajuda internacional.
Para o diretor da AIS no Reino Unido, o respeito aos direitos humanos e a liberdade religiosa "tem que ser uma parte essencial do diálogo e a discussão em termos de construir uma sociedade civil. Isto está fortemente entrelaçado com a Declaração Universal de Direitos humanos e nunca pode ser esquecida quando se considera a ampliação de uma ajuda".
Kyrke-Smith fez esta afirmação logo que o Cardeal escocês Keith O’Brien, Arcebispo de St. Andrews e Edimburg, denunciou que o governo britânico pôs em marcha uma política externa "anti-cristã".
O Cardeal criticou o governo pela intenção do governo de duplicar a ajuda que dá ao Paquistão de mais de 445 milhões de libras (mais de 720 milhões de dólares).
Paquistão, explica a AIS, viu nos últimos meses uma série de atentados contra os cristãos, como o homicídio do Ministro Shabhaz Bhati, quem foi baleado por vários membros do Al Qaeda à saída de sua casa; e do governador do estado de Punjab, Salman Tasir, também assassinado por ser cristão.