Roma, 31 de mai de 2011 às 16:41
A Fundação Masihi denunciou que no dia 24 de maio duas jovens cristãs, Rebbecca e Saima Masih, foram seqüestradas em Punjab (Paquistão), para serem forçadas a converter-se ao Islã e contrair matrimônio com Muhammad Wassem, um rico empresário muçulmano.
Na sexta-feira a agência Fides informou que Rehmat Masih, pai das irmãs, denunciou à Polícia as ameaças de Waseem, que disse que as seqüestraria e converteria as jovens ao Islã se estas não se casavam com ele.
Os policiais ignoraram o pedido do pai e o acusaram de ser um bêbado que maltratava suas filhas e que portanto estas fugiram de sua tortura. Entretanto, isto foi rechaçado por que vizinhos afirmam que Rehmat é um homem respeitável e pacífico.
No dia 25 de maio Waseem contraiu matrimônio islâmico com Saima na presença do líder Muhammad Zubair Qasim, um mullah envolvido no grupo fundamentalista "Sip-e-Sahaba", conhecido por organizar freqüentemente seqüestros e conversões forçadas de cristãs e hindus. Durante o último interrogatório, a polícia disse a Rehmat que "se esqueça de suas filhas".
Diante disto, o diretor da Fundação Masihi, Haroon Barkat Masih, denunciou que "centenas de casos como o das irmãs Masih não saem à luz. Fizemos apelo ao governo de Punjab em repetidas ocasiões mas não nos deu nenhuma resposta".
Disse que Punjab se "está convertendo em um paraíso" para os líderes muçulmanos que "convidam abertamente à violência em seus sermões, sem nenhuma vergonha", e que a polícia local recebe dinheiro para que não investigue nem registre as denúncias de seqüestros e conversões forçosas.
Por sua parte, uma religiosa residente em Faisalabad e que permanece no anonimato por razões de segurança, disse que "há centenas de casos por ano no Paquistão (de seqüestros), que há tempos a Igreja está denunciando, pedindo o respeito dos direitos fundamentais".
"O caso das Irmãs Masih é um destino comum de muitas meninas e garotas cristãs, em uma sociedade que tolera a discriminação contra as minorias religiosas, especialmente contra as mulheres", denunciou.