BRUXELAS, 1 de jun de 2011 às 10:45
O presidente da Comissão Européia, José Manuel Durao Barroso, assegurou que a União Européia e os líderes religiosos das Igrejas cristã e ortodoxa, judeus e muçulmanos mantêm "uma ambição compartilhada para promover os valores da democracia e a liberdade nos países vizinhos mais próximos da Europa" que vivem mudanças "históricas" como o Egito e Tunísia.
Barroso, junto com o presidente permanente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e o presidente do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek, reuniram-se esta segunda-feira com mais de uma vintena de destacados representantes das diferentes igrejas e credos para analisar em Bruxelas o impacto das revoltas no mundo árabe.
O chefe do Executivo comunitário recordou que a UE tentou dar "uma resposta importante" aos desafios na região com "uma ajuda financeira concreta", sublinhou a necessidade de que a Europa "fique ao lado de quem procura a liberdade política" e recalcou a importância de promover a democracia e a liberdade nos países da primavera árabe, incluído a liberdade religiosa nos países da primavera árabe, algo que representará "um teste" para todos os novos Governos da região.
Depois de recordar os recentes ataques que sofreu a comunidade cristã copta no Egito, Barroso assegurou que o primeiro-ministro em funções egípcio, Essam Sharaf, deu "todas as garantias" para a minoria cristã este fim de semana nas margens do G-8 em Deauville (França), ao que lhe transladou a "preocupação" da UE por sua situação. "Deu-nos todas as garantias de que estavam interessados em respeitar este direito", assegurou.
O Arcebispo de Munich, Cardeal Reinhard Marx, insistiu que as minorias cristãs nos países da primavera árabe "têm preocupações" por seu futuro e insistiu em que "a democracia só pode funcionar se a liberdade de religião é respeitada", insistindo na necessidade de conscientizar "que sem liberdade de religiosa não pode haver democracia".
"Temos que esperar a ver os desenvolvimentos (na região) e ver se os países se encaminham para a democracia ou uma situação em que as minorias se encontrem em perigo", advertiu o representante da Igreja Católica.